Quem passa pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) seja para trabalhar ou estudar já deve ter percebido o estado de abandono de alguns blocos. Com as obras paradas há algum tempo, os problemas vão desde o desperdício do dinheiro público, riscos sociais, ambientais e de segurança.
Diante disso, sete licitações foram abertas em novembro do ano passado para a finalização de obras paralisadas e execução de reformas em prédios do câmpus sede e nos regionais. Algumas das obras mais relevantes são a conclusão do bloco I24, esperado há 12 anos e a retomada de obras no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM).
O reitor Leandro Vanalli explica que há preocupação com todas as obras paralisadas e que a gestão pretende retomar todas. “Todas estão no nosso planejamento, algumas estão em fase de atualização dos projetos e outras na fase de licitações. Os recursos estão vindo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Secretaria do Estado da Saúde e Ministério da Saúde”, diz.
Ainda segundo Vanalli, todas as obras paralisadas já passaram por investigação pericial de engenharia. “Já foi detectado que não tem nenhum problema que comprometa a retomada de cada uma delas. Existem algumas obras mais antigas que estão sendo utilizadas e que padecem de uma reforma, como o bloco G56, que iremos licitar a reforma neste ano e salas de aula que precisam de pintura, melhoria nas instalações elétricas. Nenhuma obra será demolida.”
BLOCO F05
O bloco F05 foi reinaugurado na segunda-feira. O quiosque, que abriga os centros acadêmicos de filosofia e ciências sociais estava fechado desde março de 2019, quando foi atingido por um incêndio.
O lugar foi completamente revitalizado. As obras incluíram chapisco, reboco, instalação de portas e janelas, confecção de estrutura metálica para o telhado, cobertura com telha de barro, instalações de forro, piso e parte elétrica e pintura das partes interna e externa.
HUM
A licitação do Centro Cirúrgico do HUM constitui em 11 salas novas. Atualmente, existem quatro. As que já existem serão destinadas para outras funções dentro do Hospital. “A capacidade de execução de cirurgias tem ficado em um salto de 4 mil por ano para 12 mil. São bastantes cirurgias que o nosso Hospital poderá fazer a partir da conclusão dessas novas salas cirúrgicas”, revela o reitor.
FUTURAS LICITAÇÕES
Existem outros processos licitatórios previstos para este ano, em meados de abril, como dois projetos imediatos. Será para o bloco C90 no câmpus sede e outro no bloco de engenharias no câmpus de Umuarama, em que os recursos já estão garantidos. “Estamos atualizando outros projetos, cujos recursos estão sendo negociados com o Governo do Estado, obras na sede, no câmpus de Goioerê e também do nosso complexo de saúde, onde pretendemos neste ano ainda licitar novas salas de UTIs e o bloco de apoio, chamado de bloco industrial, onde irá funcionar a nova lavanderia, o novo almoxarifado, a nova cozinha e o novo restaurante do Hospital Universitário”, conclui Vanalli.
Maynara Guapo
Foto – Reprodução
