O Movimento Resgata Brasil 2021 está convocando para esse domingo às 10 horas uma manifestação nacional nas portas dos quarteis, que será um ato pela intervenção militar com Bolsonaro no poder.
João Noma, empresário maringaense com a experiência de seus 74 anos de vida, que já comandou o Núcleo de Maringá da ADESG, fala sobre a intervenção militar. Ele disse ser inteiramente a favor da intervenção, e faz questão de ressaltar que a intervenção não é um golpe, lembrando que bem recentemente com a onda de violência aconteceram intervenções militares, inclusive no Rio de Janeiro, quando os governadores sem sentiram sem condições para resolver a questão da violência, e sem que nenhum governante fosse afastado do cargo.
GOVERNO DIFERENTE
“ A intervenção não é nenhum golpe, é um governo diferente, e a própria Constituição brasileira prevê intervenção em casos que já foram esgotadas todas as possibilidades de solução em conflitos, e, é o que está ocorrendo no momento. O governo está refém da Câmara, do Senado, do Judiciário, de setores da imprensa e de outros movimentos”, afirma o empresário. Ao defender a intervenção ele destaca mais uma vez que a própria Constituição trata da questão prevendo intervenção militar ao “reconhecer que outros recursos estão indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão constitucional”. Noma entende que a intervenção militar não é nenhum golpe, não é nenhuma ditadura e sim o governo diferente com uma instituição respeitável, sem se sujeitar as chantagens que ocorrem na política. É verdade que é um governo mais duro, mais forte, com mais respeito, com mais condições de realizações em favor do Brasil e dos brasileiros”.
AÇÃO ORGANIZADA
Ele disse que não se fala em ditadura, o que estou falando é de uma ação organizada. O que não pode é um país como o Brasil com todas as condições de riqueza, de cultura, de desenvolvimento, ter que se submeter a poderes que não se entendem, que não estão unidos em defesa da Nação, cujos poderes que deveriam representar e defender os interesses do brasil e dos brasileiros estão totalmente desmoralizados. O maringaense ressalta que: “ qualquer pesquisa que seja realizada hoje vai mostrar que a população não acredita no poder legislativo, não acredita no judiciário, não acredita no Ministério Público, e acaba não acreditando nem mesmo nos governantes que o próprio povo escolheu”.
IMAGEM DISTORCIDA
Para o empresário, o governo militar que imperou de 1964 até 1985 teve sua imagem distorcida, e ficou com a impressão de que foi um regime de ditadura. Ele defende:” Pode ter sido um regime de exceção, um regime militar, mas não foi uma ditadura, a Câmara dos Deputados funcionou, o Senado funcionou, o Judiciário funcionou, as diversas instituições, inclusive sindicatos e igrejas funcionaram”.
Para o empresário maringaense é preciso algum reconhecimento. É preciso reconhecer que em razão das instituições, das atitudes de nossos representantes estamos em um desgoverno. Ninguém consegue controlar o preço do combustível, a saúde está um caos, a educação é de péssima qualidade na comparação com outros país, nossa infraestrutura é falha, nossas rodovias tem mais buracos do que asfalta, nossa segurança é deficitária, o dólar não tem controle, as empresas estão indo embora, ou entrando em recuperação judicial e quebrando, o desemprego é assustador, enquanto os bancos a cada balanço aumentam seus lucros e patrimônio. Ainda bem que o nosso agronegócio tem salvado a lavoura”.
O entendimento do empresário é de que é preciso fazer justiça ao governo militar: “ Foi o governo militar que iniciou a transamazônica, que construiu a hidrelétrica de Tucuruí, que fez a Itaipu Binacional que é a maior geradora de energia do mundo, que construiu as usinas de Angra, triplicou a capacidade da indústria siderúrgica, que construiu a Ferrovia do Aço e inúmeras outras obras”. João Noma ainda lembra que em 1964 o Brasil figurava em 45º lugar no PIB mundial, e começou a apresentar crescimento todos os anos, tanto que em 1985, ou seja, 21 anos depois alcançou o 10º lugar entre os maiores PIB mundial”.
Com posição firme, massa coerente, ele reconhece o direito do movimento Resgata Brasil 2021 e diz que é preciso que todos tomem posição, que todos se manifestem, e que empresários, trabalhadores, autoridades, lideranças tenham a coragem de se manifestar; “ O que não pode é continuar como está, pois a omissão permite que os que estão errando, prejudicando o país, continuem a defender interesses próprios ou de outros, em prejuízo do Brasil que é sem dúvida o melhor país do mundo, e que pode ser ainda maior em todos os sentidos, dependendo de como será governado”.
QUEM É JOÃO NOMA
Paulista nascido em Vera Cruz no Estado de São Paulo, mas maringaense de coração, João Noma tem recebido ao longo de sua vida diversas homenagens. Recebeu o prêmio de Mérito Industrial da FIEP- Federação das Indústrias do Estado do Paraná; Título de Cidadão Honorário do Paraná; Título de Cidadão Benemérito de Maringá; Título de Mérito Comunitário de Sarandi; Premio Empresário do Ano-ACIM- Associação Comercial e Empresarial de Maringá 2008 ; Homenagem da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná pelos 105 anos da imigração japonesa no Brasil.
Noma foi presidente da ACEMA- Associação Cultural e Esportiva de Maringá- por duas gestões; presidente do Parque do Japão; presidente do CTG-Centro de Tradições Gaúchas Cidade Verde-; presidente do Núcleo de Criadores de Nelore de Maringá.
Redação JP
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