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Maringá confirma quinta morte por dengue

A Secretaria de Saúde confirmou na sexta-feira, 16, mais uma morte por dengue, elevando para cinco o número de óbitos registrados no município desde o início do ano, e outras cinco mortes seguem em investigação. Segundo o último boletim epidemiológico, os casos confirmados da doença também aumentaram, passando de 2.565 para 2.843.

A vítima mais recente é um homem de 78 anos, com várias comorbidades, que teve o quadro de saúde agravado pela infecção por dengue tipo 2 e morreu no dia 21 de abril. A confirmação foi feita pelo secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, que explicou que o caso não está relacionado ao subtipo 3 do vírus, que também já circula na Cidade.

Atualmente, os três sorotipos da dengue (1, 2 e 3) estão em circulação em Maringá, o que aumenta o risco de agravamento dos casos e demanda maior atenção das autoridades e da população.

De acordo com Nardi, o índice médio de infestação pelo mosquito Aedes aegypti no município está em 2,3%, sendo que apenas cinco bairros estão abaixo de 1%. O dado mais preocupante é que, em 80% dos casos, os focos do mosquito estão dentro das casas, o que reforça a necessidade de cuidados preventivos por parte dos moradores.

O secretário alerta que o momento exige atenção redobrada para evitar uma sobrecarga no sistema de saúde. “Nós temos que alertar a população: a dengue pode, sim, levar a óbito. Mas também pode estar sob controle em apenas sete dias, se todos nós fizermos a nossa parte. É fundamental que evitemos a estagnação do sistema de saúde, que não sobrecarreguemos os hospitais, mas isso só será possível se conseguirmos reduzir o número de pessoas contaminadas pelo Aedes aegypti”, comentou.

LIRA

O segundo Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Lira) de 2025, divulgado nesta semana, apontou que o lixo descartado inadequadamente continua sendo o principal criadouro do mosquito, correspondendo a 45,41% dos focos identificados. Entre os principais resíduos encontrados estão tampas de garrafa PET, copos descartáveis e embalagens de produtos em geral. Em segundo lugar estão os pequenos recipientes móveis, como pratos para vasos de plantas e reservatórios de água de geladeiras, que compõem 30,69% dos focos.

Neste ano, os pneus foram responsáveis por 9,21% dos focos de dengue. “Muitos pneus são descartados de forma inadequada em vias públicas do município, representando um risco para a população. É fundamental alertar os cidadãos sobre a importância do descarte correto do lixo e a verificação de recipientes que possam acumular água parada”, destacou o secretário de Saúde, Antonio Carlos Nardi.

Outros focos incluem armazenamentos de água para consumo humano, com 7,63%, e depósitos fixos, com 7,04%, como caixas d’água, baldes, calhas, piscinas, telhados e ralos.

Conforme o levantamento, apenas cinco bairros do município apresentaram risco baixo de infestação: Paris IV, Jóquei, Esperança, Universo e Grevíleas III.

Da Redação
Foto – Reprodução

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