
A 15ª Regional de Saúde de Maringá já confirmou 4.469 casos de dengue no atual ano epidemiológico, que começou em agosto de 2024. A regional apresentou um aumento de 900 casos em uma semana e os dados constam no boletim semanal, divulgado ontem (15) pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa).
Em todo o estado, foram registrados 6.400 novos casos em apenas uma semana, totalizando 37.035 diagnósticos e 31 mortes provocadas pela doença.
Entre os óbitos confirmados nesta edição do informe, dois ocorreram na área de abrangência da Regional de Maringá: uma vítima era moradora de Iguaraçu e a outra de São Jorge do Ivaí. Ambas tinham mais de 70 anos e faleceram no mês de março.
A região aparece entre as cinco mais afetadas do Paraná, atrás apenas das Regionais de Saúde de Londrina e Paranavaí, que lideram os números. Segundo a Sesa, a situação é considerada preocupante devido à alta velocidade de transmissão e ao aumento das notificações em praticamente todos os municípios da regional.
Desde o início do ano epidemiológico, o estado já soma 131.888 notificações de dengue. Além da dengue, o boletim também trouxe atualizações sobre outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em todo o Paraná, já são 1.772 casos confirmados de chikungunya, enquanto o vírus Zika permanece sem registros, apesar de 41 notificações em análise.
VACINA
O Ministério da Saúde anunciou ontem que vai solicitar a incorporação da vacina contra a chikungunya ao Sistema Único de Saúde (SUS), após o registro do imunizante ser aprovado esta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desenvolvida pelo laboratório Valneva em parceria com o Instituto Butantan, a vacina representa um avanço importante no combate às arboviroses no país.
Segundo nota divulgada pela pasta, o pedido será encaminhado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que avaliará a viabilidade da oferta do imunizante na rede pública para que, futuramente, passe a integrar o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A vacina contra a chikungunya é do tipo recombinante atenuada, aplicada em dose única, e indicada para adultos a partir de 18 anos com risco elevado de exposição ao vírus e não é recomendada para gestantes nem para pessoas imunocomprometidas. A produção inicial ocorrerá na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH, com previsão de transferência de tecnologia para o Brasil, onde será futuramente fabricada pelo Instituto Butantan.
Da Redação
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