
A Prefeitura de Maringá oficializou o encerramento da reforma e a rescisão do contrato com a construtora responsável pela reforma do Terminal Rodoviário Vereador Dr. Jamil Josepetti. A decisão foi tomada após seguidas paralisações, descumprimento de prazos e avanço lento das obras, iniciadas em fevereiro de 2021.
Com cerca de 30% da obra concluída até o momento, a administração municipal decidiu interromper o projeto e redirecionar os recursos públicos para uma nova frente: a construção do Terminal Aerorodoferroviário, que promete integrar diferentes modais de transporte e revolucionar a mobilidade urbana na Cidade.
HISTÓRICO
A reforma da rodoviária, foi lançada com a proposta de modernizar a infraestrutura do terminal, com conclusão prevista para 12 meses. No entanto, o projeto enfrentou entraves logo nos primeiros meses.
A empresa inicialmente contratada abandonou as obras em setembro de 2021, alegando dificuldades operacionais. Após notificação da Prefeitura, chegou a retomar parcialmente os trabalhos, mas em janeiro de 2022 desistiu definitivamente da empreitada.
Diante do impasse, a administração municipal convocou a segunda colocada no processo licitatório, uma construtora local, para assumir a obra. Apesar de aditivos contratuais e prorrogações nos prazos, os serviços avançaram lentamente, o que levou à decisão de rompimento do contrato atual.
Desde o início das obras, a reforma do terminal consumiu aproximadamente R$ 2,7 milhões em aditivos e reajustes, superando o limite de 25% previsto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para acréscimos em contratos públicos. Em nota, a Prefeitura de Maringá informou que o processo de rescisão do contrato foi iniciado no ano passado e concluído oficialmente neste ano, com a execução de melhorias essenciais, como a reforma dos sanitários.
De acordo com o secretário de Obras Públicas, Arthur Tunes, em entrevista à CBN, o novo terminal intermodal será conectado ao centro do município por meio de sistemas modernos de transporte, como o Bus Rapid Transit (BRT) e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A mudança de foco também impacta outras obras previstas no centro da Cidade. A revitalização da Praça Raposo Tavares, incluída no plano original de requalificação urbana, foi suspensa temporariamente.
A administração estuda alternativas para viabilizar, futuramente, a construção de um estacionamento subterrâneo no local, que ajudaria a recuperar vagas eliminadas pelas intervenções no trânsito e a melhorar a circulação no entorno.
Da Redação
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