Mandados judiciais cumpridos ontem no Paraná, Distrito Federal e outros 6 estados tinham como alvo servidores públicos e empreiteiras envolvidas em licitações fraudulentas.
A Operação Rolo Compressor é fruto de uma ação conjunta da Receita Federal, Controladoria Geral da União e Polícia Federal, que investigam denúncias de fraudes em obras contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes nos estados do Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. Só no Paraná foram cumpridos nesta terça-feira, 43 mandados de busca e apreensão, 6 deles em Maringá. Os demais foram em Curitiba, Londrina, Rolândia , Goioerê , Cascavel, Guarapuava, Pato Branco e Marechal Cândido Rondon.
A Operação Rolo Compressor tem como objetivo desarticular um esquema de corrupção, que teria desviado mais de R$ 300 milhões por meio de superfaturamento de obras de asfaltamento e recapeamento de rodovias. As investigações começaram em janeiro de 2022. Entre os envolvidos estão funcionários do Denit, acusados de receber propina para facilitar a fraude nos processos licitatórios.
Com a quebra de sigilos fiscal e bancário a Receita Federal fez avaliações patrimoniais de servidores públicos, cujos patrimônios mostraram-se incompatíveis com a renda deles, como por exemplo de um engenheiro, que tinha um patrimônio declarado de R$ 100 mil e em 10 anos esse patrimônio chegou a R$ 2,9 milhões. Segundo o auditor-fiscal Leandro Cavichioli Peixoto, “no trabalho realizado pela Receita também foi observado que empresas associadas aos servidores envolvidos, eram de fachada , não detendo capacidade operacional e nem funcionários para justificar os contratos que celebravam com o Denit. As ordens judiciais foram expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba, que previam ainda o sequestro e o bloqueio de bens móveis e imóveis, de veículos de alto valor e de ativos financeiros dos investigados.
Redação JP
Foto – PF