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Tecpar assina contrato para obras de infraestrutura de parque tecnológico em Maringá

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinou ontem o contrato com a empresa vencedora do processo licitatório do edital que previa a construção da infraestrutura do Parque Tecnológico do Tecpar em Maringá. A Sial Construções Civis apresentou o menor valor para a execução das obras, do qual o investimento será de R$ 22,9 milhões.

A assinatura do contrato com a empresa vencedora dá andamento à fase 1 da implantação do parque tecnológico, que contempla a infraestrutura no lugar, um terreno doado pela Prefeitura de Maringá ao Tecpar, com área de 100 mil metros quadrados.

A empresa irá agora fazer as obras para implantar a infraestrutura do parque tecnológico, o que engloba o asfaltamento e cercamento da área e a construção de um prédio administrativo e central de utilidades, dentre outras edificações necessárias para o funcionamento do parque.

O diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss explicou que a assinatura do contrato com a empresa começa a tirar do papel um plano que fortalecerá a saúde pública brasileira, interiorizando a atuação do instituto. “O Tecpar é um laboratório público oficial, o que significa que tem entre seus objetivos o fornecimento de produtos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ao longo da sua história, o instituto deu inúmeras contribuições à saúde pública brasileira e agora passa a executar um projeto que irá consolidá-lo como fornecedor público nacional. Além disso, o novo parque tecnológico vai levar ainda mais desenvolvimento para Maringá.”  A Sial Construções Civis foi representada na assinatura pelo diretor Pedro Rossi.

Os recursos para a construção do parque tecnológico são provenientes do Fundo Paraná de estímulo científico e tecnológico administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para o financiamento de projetos em áreas estratégicas do Paraná. A previsão é que a obra seja executada em até dois anos.

“O que estamos fazendo agora é o início de uma operação que visa construir a base física para as indústrias de medicamentos biológicos instaladas em Maringá. Vamos iniciar primeiro com dietoterápicos, mas, ao final, também queremos produzir medicamentos biológicos e contribuir com a solução da demanda de importação muito grande que nós temos hoje no Brasil desses medicamentos”, afirma o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

Conforme o diretor-geral da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Jamil Abdanur Júnior, o projeto é de extrema importância para o Estado do Paraná. “É a criação de mais um parque tecnológico da área de saúde instalado numa região de Maringá, que já tem expertise e que vocação para o desenvolvimento de temas relacionados à área de saúde. “Esta iniciativa proporciona ao Estado o desenvolvimento de novos produtos que vão atender questões relacionadas à saúde humana e animal. Para o Paraná, isso assegura a possibilidade, inclusive, de diminuição da dependência de produtos de outros países e vai criando uma autonomia para que além de ter os seus produtos, o Estado possa até mesmo melhorar as condições das estruturas já existentes. Tudo isso com o apoio das nossas instituições de ensino, que também estão a serviço desse projeto.”

FASE 2

Em maio deste ano, o Governo do Estado formalizou um protocolo de intenções entre o Tecpar e a empresa Astra Medical Supply para a instalação de uma unidade industrial voltada à produção de fórmulas nutricionais no parque tecnológico. A implantação da fábrica faz parte da fase 2 do projeto de instalação do parque tecnológico, que tem como intuito atrair várias empresas especializadas em pesquisa e desenvolvimento de produtos de ponta na área de saúde.

A escolha da empresa aconteceu depois de um chamamento público, que teve como vencedor o consórcio das empresas Astra Medical Supply e Nucitec. Além da instalação da indústria para produção nacional das fórmulas de nutrição clínica especializada, a parceria também prevê a transferência de tecnologia para o instituto paranaense.

SAÚDE

As primeiras fórmulas nutricionais que serão produzidas no parque serão usadas para alimentação de pessoas com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), um efeito adverso à saúde decorrente de uma resposta imune específica que ocorre na exposição a uma proteína presente no leite de vaca. Os produtos serão destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo a uma demanda nacional por este tipo de fórmula.

Ter no Brasil uma plataforma de desenvolvimento industrial para formulações pediátricas, como no caso da APLV, é considerado pelo Ministério da Saúde como uma estratégia para atender a doença negligenciada e um desafio em saúde e de solução produtiva e tecnológica para o SUS. A recomendação do órgão é que tenha produção de medicamentos e formulações para tratamento da população pediátrica de modo a garantir o abastecimento em nível nacional.

PARQUE DE TI

A Prefeitura de Maringá assinou ontem a ordem de serviço para início das obras da rede de infraestrutura urbana do Parque de TI. A cerimônia de assinatura ocorreu na rua Pioneiro José Demori, esquina com a rua Açucena, no Jardim Iguaçu. O investimento da gestão pública na obra de infraestrutura urbana é de R$ 1,7 milhão.

São 3,5 mil metros quadrados onde serão executadas obras de pavimentação asfáltica, malha viária urbana, galerias pluviais, sinalização de trânsito e mobilidade para pedestres.

O Parque de TI terá calçadas amplas equipadas com bicicletários e estações de recarga para celulares, patinetes e bicicletas elétricas, além de espaços de convivência.

Essa é mais uma etapa no processo de urbanização do lugar, para dar início às vendas de mais terrenos. Atualmente, o Parque tem duas empresas de tecnologia em funcionamento, cinco em fase final de construção e duas em fase de preparação de terreno para início das obras. Além disso, outros três terrenos do local já foram vendidos. 

Da Redação
Foto – Reprodução

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