Buscava, no final da semana passada, tema para trazer à reflexão dos leitores que se dispõem a dedicar um pouco do seu tempo aos nossos textos, e já havia decidido escrever sobre profissionalismo e amadorismo político.
O mote foi a informação que Joe Biden, presidente do EUA, está na política há mais de 50 anos, portanto fez dela profissão, como acontece no Brasil, onde alguns políticos se tornam profissionais, junto com familiares, e dizem orgulhosos de ‘servir ao povo’ há muitos anos.
Por princípios, sou contra o profissionalismo político. Prefiro o amadorismo, entendido como exercício de tão nobre atividade, com amor, por tempo determinado ( duas reeleições no máximo), sem prejuízo de atividades profissionais próprias dos cidadãos comuns, abrindo mais oportunidades à saudável alternância no poder, e profissionalismo, no sentido de qualidade do trabalho.
Penso ser necessária uma reforma política que contemplasse, além da limitação das reeleições para cargos legislativos, a redução e exigência de qualificação para cargos de confiança, mas acho que é impossível que isso aconteça, pois ,dependendo a aprovação dos próprios legisladores, possivelmente não lhes interesse uma alteração constitucional.
Estava em dúvida quanto ao título, entre: ‘Amadorismo profissional’ ou ‘Profissionalismo amador’, quando vi postagem de um amigo, que por sinal nos últimos anos exerceu cargos comissionados, com o título, Impossível, cujo texto é seguinte:
‘Não dá para agradar a todos, é impossível. Ninguém acerta sempre, é impossível. Não dá para ser o melhor em tudo, é impossível. Querendo agradar a todos, fiquei sozinho. Preocupado em acertar sempre, foi o meu erro.
Determinado em ser o melhor em tudo, não fiquei especialista em nada. O rio não volta, a vida também não. A vida só anda para frente, o passado passou. Não agrado a todos, não acerto sempre, não sou o melhor em tudo. Se ninguém te detesta. Se ninguém de odeia. Se você não irrita ninguém, há algo de errado com você’.
Pensei, pensei, li mais de uma vez o texto, e resolvi mudar do foco da reflexão proposta, para a palavra impossível, do título, à qual já havia me referido ‘em passant’, ao afirmar é impossível, possivelmente, que os políticos promovam modificações na constituição, limitando, por exemplo, o número de reeleições no legislativo.
Para Deus nada é impossível, narrou ao evangelista Lucas (1:37) , então devemos ter esperanças de que as mudanças, com as quais sonhamos, um dia aconteçam. Quase impossível é entender, sem uma fé raciocinada, a existência de um Ser incriado, onipotente onisciente e onipresente, Deus.
Um dia poderemos agradar a todos, uns aos outros, tomando atitudes acertadas. Não haverá pessoas que fiquem sozinhas por quererem agradar a todos, e nunca será um erro tentar acertar.
Devemos procurar ser sempre melhores que nós mesmos no dia anterior, buscando a especialização em humanidade. O rio não volta, a vida também, disse meu amigo. Eu digo que a vida é uma sucessão de existências e todos voltaremos para reparar o mal que fizemos, resgatando dívidas contraídas, sem perdão, mas com oportunidades de reparação.
Nunca seremos melhores que os outros, não odiaremos, nem seremos odiados, e não haverá nada de errado conosco. Impossível? Não, possivelmente não. O Planeta Terra está passando para a fase de regeneração e nele só permanecerão ( reencarnarão), espíritos mais adiantados, sintonizados com o bem. Os demais serão degredados para mundos inferiores, mas ainda temos tempo.
Para quem tem olhos para ver, ouvidos para ouvir e sensibilidade para perceber, estamos todos inseridos em um período de transição, de finalização de um grande ciclo e início de outro. Essa transição já acontece há décadas, no entanto, desde 2020, esse processo ganhou força e aceleração, nos diz Eunice Ferrari, em artigo no site terra.com.br/vida e estilo.
Sejamos trabalhadores da última hora. Há vagas e serviço.
Akino Maringá, colaborador
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