O suspeito é tenente-coronel e teria assediado uma tenente a ele subordinada no Grupamento do Corpo de Bombeiros de Maringá.
O caso é investigado pelo Ministério Público do Paraná e consta da denúncia que o tenente-coronel constrangia a vítima através do envio de bilhetes e mensagens de celular, sugerindo relação poliamorosa e debochando do casamento da subordinada, que aconteceria em data próxima. O MP encaminhou denuncia contra o oficial para a Auditoria Militar Estadual, a partir do inquérito instaurado e concluído no âmbito da PM de Maringá.
De acordo com as provas anexadas ao inquérito, eram frequentes nas mensagens enviadas, comentários a cerca da imagem corporal da tenente. Na prática da conduta criminosa, o investigado teria, inclusive, coagido e constrangido a tenente, sob ameaça de possíveis prejuízos para a carreira dela. O assédio teria começado em abril de 2022 e se prolongou até julho der 2023.
O Ministério Público sustenta na denúncia que a conduta do autor dos assédios teria prejudicado o desempenho profissional da vítima, uma vez que ele, enquanto seu superior hierárquico, passou a recusar-se a falar com ela sobre assuntos profissionais e a cumprimentá-la; a desviar o olhar quando se deparava com ela no posto militar; a desautorizar o deslocamento da vítima para outra cidade e a fruição de folgas por ela. “Asssim, a 1ª Promotoria de Justiça Junto à Auditoria Militar Estadual requer a responsabilização criminal do policial militar pelos crimes de assédio sexual (Art. 216-A do Código Penal), praticado por seis vezes, e prevaricação (Art. 235 do Código Penal), que consiste em retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição legal com o intuito de satisfazer interesse pessoal”, ressalta o promotor do caso.
Redação JP
Foto – Ministério Público