A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com o apoio do Comitê Estadual Intersetorial de Controle da Dengue e as cidades estarão mobilizadas para o combate à dengue amanhã no chamado Dia D de combate ao mosquito. As ações vão focar na prevenção e eliminação dos focos de Aedes aegypti e Maringá aderiu ao movimento e reforçará as iniciativas de prevenção e eliminação de focos.
A ideia é expandir a divulgação e o desenvolvimento de ações educativas em praças e vias públicas, desejando a adesão dos paranaenses na atividade semanal de verificação de sua residência e local de trabalho, além do cuidado com o ambiente público na manutenção da limpeza urbana e destinação correta do lixo, já que mais de 75% dos criadouros do mosquito são passíveis de remoção e eliminação.
A principal mensagem do Dia D de Combate à Dengue é fortalecer a prevenção, sendo que a responsabilidade da eliminação e remoção mecânica dos criadouros é coletiva.
“Conto com a colaboração e apoio de todos em uma força-tarefa de prevenção e cuidado. Estamos nessa batalha diariamente, monitorando e acompanhando a situação no Estado, mas neste sábado, em especial, pedimos que dediquem um tempo do dia para olhar o seu espaço, sua casa ou quintal e eliminar o que possa servir de criadouro do mosquito”, afirma o secretário de Estado Beto Preto.
A mobilização do Dia D será em todo o Brasil. O tema é “10 minutos contra a dengue”, que representa uma convocação para cuidado perto de casa. Até esta terça-feira, foram notificados 155.500 casos de dengue no Paraná, com 58.567 confirmados e 23 óbitos no período sazonal 2023/2024. A Sesa monitora a incidência diariamente e por semana epidemiológica, dando orientação aos municípios nas ações e ofertando treinamentos para técnicos de saúde.
RODA DE CONVERSA
O combate ao mosquito transmissor da dengue ganhou importantes colaboradores no Paraná. Alunos de escolas da rede estadual de ensino estão se tornando agentes de transformação para além da sala de aula, divulgando informações e ajudando as comunidades na prevenção da proliferação do Aedes aegypti.
A mobilização é resultado de ações de conscientização inseridas nos colégios pelos próprios professores. Assim, as atividades advertem para os perigos da doença e estimulam práticas simples, como o descarte correto de recipientes que acumulam água, o uso de repelentes e a limpeza adequada dos espaços domésticos.
O Colégio Estadual do Parque Itaipu em Maringá abriu as portas para os profissionais da saúde. Por meio de uma roda de conversa organizada pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Núcleo Regional de Educação de Maringá (NRE) e o Serviço Social do Comércio (Sesc Paraná), os alunos do 6º ao 9º ano tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e compartilhar experiências, reforçando o alerta a respeito dos cuidados necessários.
Carlos Henrique Damasceno é professor de ciências da natureza e foi um dos incentivadores da atitude. “Nosso objetivo é que os alunos possam agir em seus bairros, tirando fotos de possíveis criadouros, trazer para a sala de aula, e também orientar familiares e vizinhos, atuando como multiplicadores de ações de prevenção.”
Ana Melissa Alves Dias, de 14 anos está matriculada no 7° ano. A estudante já teve dengue e precisou ficar internada. Ela diz sobre a importância das ações. “Minha pressão baixou muito. Fiquei bem mal durante dias. Por isso, é importante a conscientização. Para que ninguém precise passar por isso para entender a importância da prevenção”, afirma.
LEI
O projeto de lei complementar 2277/2024, de autoria dos vereadores Delegado Luiz Alves e Alex Chaves foi aprovado por 14 votos em primeira discussão ontem. Ele modifica a redação da lei complementar 1.246/2020 que dispõe a respeito da adoção de medidas de vigilância em saúde, que são essenciais para o controle das doenças causadas pela dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
Assim, os proprietários, inquilinos ou responsáveis por propriedades particulares ou não, visando ao controle e à prevenção da proliferação de mosquitos transmissores das doenças mencionadas precisam conservar a limpeza dos quintais, mantendo-os livres de entulhos e outros materiais que possam ser favoráveis para o acúmulo de água ou servir de abrigos que beneficiam a proliferação de insetos, aracnídeos, roedores e outros animais sinantrópicos; conservar corretamente vedadas as caixas de água; manter as piscinas com água tratada; se caso não estiverem em uso, mantê-las cobertas e/ou vazias, com o cuidado frequente para que não acumulem água, mesmo em obras interrompidas por motivo de qualquer natureza, entre outras medidas.
Da Redação
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