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Imortais e imortalizados

Ao tomar conhecimento do passamento de  Mário Jorge Lobo Zagalo, ex jogador  e técnico dos mais vitoriosos no futebol, campeão  mundial  no primeiro título de uma seleção brasileira, em 1958, sete anos após um time , o Palmeiras, ter se sagrado, igualmente   campeão mundial entre clubes, resolvi prestar-lhe uma homenagem.

      Uma pessoa só morre quando é esquecida, diz o filósofo Mário Sérgio Cortela, e essa frase foi lembrada por alguém falando sobre a carreira, a vida e a pessoa de Zagalo. Ele é imortal, disseram outras, diria eu que está imortalizado, e no final explico.

      De todos os titulares da equipe que jogou a copa da Suécia, Zagalo foi o último a deixar o mundo físico, sendo um dos três profissionais do futebol que foram campeões como jogadores e como técnicos, em suas seleções. Além dele e Franz Beckenbauer, o único outro atleta recordista em conquistas como jogador e como treinador é Didier Deschamps, atual  técnico da Seleção Francesa e campeão em 2018. Por uma infeliz coincidência, Beckenbauer faleceu três dias após Zagalo, bem mais novo, que este, que se foi aos 92 anos, o alemão com 78 anos.

      Imortais do futebol, uma página de rede social, postou sobre ambos:

 Beckenbauer mudou para sempre o futebol com uma elegância e eficiência nunca vista na história, além da extrema liderança em campo. Suas atuações brilhantes, fabulosas e seguras deram a ele o título de “Der Kaiser” (O Imperador, em alemão). E foi, sem dúvida, o maior jogador  de seu pais na história do futebol, e também um dos cinco ou seis maiores de todos os tempos. Depois de pendurar as chuteiras, conseguiu se igualar ao brasileiro Zagallo e ser o segundo homem a vencer uma Copa do Mundo tanto como jogador quanto como técnico.

Zagalo foi o homem que sempre honrou ao máximo a Amarelinha. Primeiro, como jogador,  foi a engrenagem do meio de campo e ataque que mais trabalhou nas conquistas das Copas de 1958 e 1962. Depois, foi o técnico da maior seleção de todos os tempos, a do tri de 1970.

O tempo passou e lá estava aquele senhor de cabelos brancos como coordenador técnico no título mundial de 1994. E poderia ter vindo outra taça em 1998 , não fosse uma série de problemas. Após se aposentar da seleção que tanto amou,  ainda levantou títulos no clube que defendeu lá na década de 1950, o Flamengo, com direito a uma taça épica do Carioca de 2001 contra o rival Vasco.

Ninguém teve mais Copas do que ele e tanta paixão no comando da seleção brasileira. Seu trabalho foi incontestável, um dos maiores técnicos da história do futebol e responsável por grandes avanços táticos ao longo dos anos não só aqui, mas também em outros países. O Velho Lobo nos deixou. Mas sua história e seu legado serão eternos. Obrigado, Zagallo !

Os dois são imortais, dirão muitos. Entendo que são imortais e imortalizados, pois imortais são todos os seres humanos, nós uma Alma que ainda estamos num corpo físico ( Zagalo e Beckenbauer, não mais).  Já imortalizados são as celebridades, os famosos, artistas, jogadores de futebol, alguns políticos, religiosos, pessoas diferentes da grande maioria do povo, que no dizer de um ditado popular são ‘ simples mortais’.

Sobre a imortalidade da Alma, embora tenha sido ensinada por todas as doutrinas espiritualistas, coube ao Espiritismo, não só confirmar esta evidência como, através de fatos, comprovar a sua realidade. A Doutrina Espírita,  não se limita a comprovar a imortalidade da alma e sua individualidade após o túmulo, mas elucida  os fatores que cercam sua caminhada infinita. Evolução, a reencarnação, o livre arbítrio e causa e efeito, como leis inerentes à permanente ascensão da alma rumo a Deus, nosso Pai e Criador.

 Ensina-nos que é indispensável alicerçarmos as nossas atitudes de hoje no equilíbrio, na responsabilidade cristã e acima de tudo, na edificação do AMOR, único roteiro capaz de nos conduzir a perfeição espiritual a que nos destinamos.

Ser imortalizado não é garantia felicidade, depois.

Akino Maringá, colaborador  
Foto – Reprodução

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