Maringá já desembolsou R$ 21 milhões para os pagamentos do subsídio destinado ao Transporte Coletivo. Os dados foram cedidos pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e são referentes ao período de janeiro a maio.
Assim, na média, é como se a Cidade tivesse desembolsado pouco mais de R$ 4 milhões por mês para os pagamentos, que pertencem aos passes do estudante, gratuidades para públicos prioritários e parte do valor da tarifa ao usuário final.
Segundo o secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Gilberto Purpur, o valor está dentro do programado pela Semob no início do ano. Nas contas da pasta, o município vai desembolsar algo por volta de R$ 41 milhões com os pagamentos até o final de 2023. “Nós consideramos o valor dentro da normalidade. É importante ressaltar que o subsídio não é só na tarifa do usuário comum, mas nós também bancamos gratuidades para idosos, gestantes e deficientes, além do passe do estudante. Só com os estudantes, o município investe em média R$ 1,5 milhão mensais”, afirma.
Com isso, o valor do subsídio mensal é variável e pago conforme a quantia de usuários que utilizam o sistema. Em maio, por exemplo, o valor total investido foi de R$ 3,5 milhões. Apenas em gratuidades, a Cidade pagou as passagens de 343 mil usuários no último mês, de acordo a Secretaria de Mobilidade Urbana.
FLUXO DE PASSAGEIROS CRESCE
Ainda conforme Purpur, o aumento na quantidade de usuários poderia ajudar a diminuir o valor da tarifa, já que parte do subsídio tem relação com os cálculos de reequilíbrio financeiro do sistema. Com a queda de usuários na pandemia, o valor da “tarifa técnica”, que é o valor que a passagem deveria custar ao usuário final, chegou a R$ 7,05, ou seja, mesmo valor atual.
Ao usuário final, a tarifa custa atualmente R$ 4,80, um valor que sofreu reajuste em fevereiro deste ano, com Maringá bancando os outros R$ 2,25 restantes, como um modo de atrair novos usuários, o que até está acontecendo, porém, de maneira mais lenta do que o desejado.
Em vista disso, no ano passado, pouco mais de 21 milhões de usuários utilizaram o transporte coletivo no município, sendo uma média de 64 mil pessoas ao dia. Já neste ano, Maringá revela que esse patamar esteve em 95 mil usuários/dia até o mês de maio. Mesmo com o crescimento, os patamares pré-pandemia ainda não foram atingidos.
“A quantidade de usuários está crescendo, mas ainda estamos ‘batendo na trave’, não conseguindo superar a barreira dos 100 mil usuários ao dia. Antes da pandemia, nós tínhamos uma média de 140 mil pessoas usando o transporte diariamente, mas perdemos cerca de 40% desses usuários que não retornaram mais ao sistema”, complementa Purpur.
TARIFA MAIS BARATA
Gilberto Purpur revela que nos próximos dias Maringá deve fechar a soma do primeiro semestre para recalcular, juntamente à empresa, o valor da tarifa técnica. A tarifa é calculada levando em conta alguns motivos, como insumos dos veículos, salários de colaboradores, manutenção e preço do diesel.
Ainda sem conseguir precisar um valor, o secretário declara que a tendência é que a tarifa técnica tenha redução, o que pode repercutir na queda do passe ao usuário final.
“Nós vamos fechar os números nos próximos dias. Esse acompanhamento é feito constantemente, como já havíamos citado em fevereiro, quando a tarifa foi reajustada. Caso tenha queda na tarifa técnica, provavelmente a tarifa ao usuário também deverá cair. Não sabemos ainda, mas a tendência é de queda.”
Maynara Guapo
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