Está chegando a hora! Água Santa e Palmeiras se enfrentam no próximo domingo (2), em jogo de ida da final do Paulistão 2023. O Netuno recebe o Verdão com o grande desafio de equilibrar em campo o que já é muito diferente fora das quatro linhas: a situação financeira dos dois clubes. A informação é do R7.
Enquanto o Alviverde tem uma das maiores folhas salariais do país, o time de Diadema poderia pagar todo o seu elenco e a comissão técnica duas vezes com o salário de apenas um jogador palmeirense.
Atualmente, o Palmeiras gasta, todo mês, cerca de R$ 18 milhões com salários. Isso equivale a 22,5 vezes a folha do outro finalista, Água Santa. O valor ainda sofreu um “alívio” de R$ 2 milhões, por conta da saída de alguns atletas do elenco do Verdão.
Além disso, o Alviverde é o 3º colocado no ranking de maiores arrecadações com bilheterias nesta temporada. Durante o Campeonato Paulista, a torcida palmeirense não mediu esforços para apoiar o Verdão e fez questão de lotar as arquibancadas do Allianz Parque.
Na primeira fase da competição, o Verdão teve média de 37.085 torcedores nos jogos como mandante, e o clube arrecadou mais de R$ 1,7 milhão.
Já o Netuno, na mesma fase, teve uma média de público oito vezes menor. Os torcedores do Água Santa também fizeram o que podiam para apoiar o time do coração no estádio Inamar, em Diadema. No geral, a média de público foi de 4.800 torcedores por partida, o que rendeu cerca de R$ 113,2 mil para os cofres do clube.
Porém, no estádio do Netuno cabem apenas 10 mil torcedores, em comparação aos mais de 40 mil no Allianz Parque, do Palmeiras.
O atacante Dudu, um dos principais do elenco alviverde, recebe o maior salário do Palmeiras, atualmente. O jogador leva, por mês, cerca de R$ 2,1 milhões do time. Somente com essa quantia, o Água Santa poderia pagar todos os salários do clube mais de duas vezes.
De acordo com o portal Transfermarkt, a escalação mais cara possível no Palmeiras custa 99 milhões de euros (cerca de R$ 594 milhões, na cotação atual), com base no valor de mercado de cada jogador. Sendo esse o parâmetro, Endrick é o mais valioso do Alviverde, e custa 20 milhões de euros (R$ 120 milhões, na cotação atual).
Já no Água Santa, o jogador mais valioso possível custa 3,2 milhões de euros (o equivalente a R$ 19,2 milhões, na cotação atual), também baseado no valor de mercado de cada atleta. O mais caro entre todos do elenco é o meio-campista Luan Dias, que vale 750 mil euros (cerca de R$ 4,5 milhões, na cotação atual).
Apesar de ser “surpresa” na final, o Água Santa já vinha se preparando para alçar grandes voos neste Paulistão. O clube organizou uma premiação interna para cada uma das sete vitórias no campeonato. Os chamados “bichos” eram de R$ 120 mil (por partida) para todos os funcionários do clube, ou seja, ninguém ficou fora da bonificação: jogadores, membros da comissão técnica, roupeiros, maqueiros, cozinheiros e até mesmo os gandulas.
Não tinha segredo: venceu, recebeu. O incentivo funcionou, e o Netuno chegou à final. A maior parte do valor ficava com os atletas titulares, mas todos recebiam uma parte do “bicho”. Além disso, o clube não atrasa salários, e essas bonificações foram pagas no dia seguinte a cada vitória.
Ao todo, o clube pagou R$ 840 mil como premiação ao elenco e ao estafe na primeira fase da competição. Por ter se classificado para as quartas de final na 2ª colocação do Grupo B, a bonificação foi de R$ 500 mil e chegou a R$ 1,34 milhão só de bicho até o momento.
A premiação para o campeão já seria um grande incentivo para o Água Santa nesta disputa entre as duas situações financeiras. O Paulistão paga R$ 5 milhões para o vencedor do torneio; se para o atual campeão esse valor não é tão relevante, para o Netuno são, pelo menos, seis meses de salário em Diadema. No próximo domingo (2), o Água Santa recebe o Palmeiras no estádio Inamar. O jogo acontece às 16h (de Brasília) e é válido como primeira partida da final do Campeonato Paulista de 2023.
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