Apalavra genocídio é um neologismo criado, em 1944, pelo advogado, jurista, professor de Direito e judeu Raphael Lemkin, que procurava uma palavra para descrever as ações dos nazistas sobre os judeus e outras minorias, também perseguidas durante os anos de Hitler poder.
Com a crescente e sistemática perseguição antissemita, desde 1933, que resultou na prisão compulsória de judeus e na política de eliminação completa de prisioneiros dos campos de concentração por meio das câmaras de gás, a partir de 1942 não havia mais uma forma racional e completa de descrever o que estava acontecendo.
Genocídio é a eliminação sistemática e intencional de um grupo por meios ativos (aplicação de forças que resultem na morte) ou passivos (negligência e negativa de prestação de assistência). Em geral, os grupos vítimas de genocídios apresentam indivíduos com ligações étnico-raciais, de nacionalidade e religiosas.
Já holocausto, em grego holókaustos, também conhecido como shoá em hebraico, foi o genocídio ou assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
A propósito dessa barbárie, vejamos uma história com o título: ‘Quando a pedra se transformou’:
‘Era o período nazista. Segunda Guerra Mundial. O campo de concentração de Auschwitz, entre tantos carrascos, conhecia um muito bem: chamava-se Herr Müeller. Senhor Müeller.
Nome comum para o povo alemão. Mas, os prisioneiros daquele campo o podiam distinguir de qualquer outro. Parecia ter uma pedra no lugar do coração. Frio, implacável. Decidia sobre a vida e a morte daqueles pobres prisioneiros da arbitrariedade e loucura humanas.
Entre tantos prisioneiros, um havia que o conhecera muito antes que o nazismo o transformasse em carrasco. Era o ilustre rabino de uma aldeia polonesa, Samuel Shapira.
Ele conhecera Herr Müeller quando ele era um lavrador, na década de 1930, em sua aldeia. Quando descera do trem de prisioneiros, seu olhar cruzou com o de Herr Müeller e, como naqueles anos distantes, se cumprimentaram: Bom dia. E o carrasco lhe indicara para seguir para a fila da direita, para se tornar mais um prisioneiro naquele campo de concentração. Os que fossem indicados para a esquerda, iam diretamente para a morte.
O tempo passou e, apesar das tantas condições adversas, sub-humanas, o rabino sobreviveu e pôde ouvir, com alegria, o anúncio, em quatro idiomas, de que estavam livres. A guerra terminara. Embora o horror do que os homens haviam feito, naqueles anos, demorasse a se diluir na memória de cada um.
A partir de agosto de 1945 até 1949, instalou-se um grande Tribunal Militar Internacional, que passou a julgar os criminosos. O mundo o conheceu como Julgamento de Nuremberg e foram vinte e dois os réus. Mas, vários outros julgamentos aconteceram em territórios ocupados.
Num deles o rabino foi testemunha de defesa de Herr Müeller e disse: ‘Era um ser que a filosofia nazista transformara em alguém impiedoso e cruel. Em verdade, não era ele que mandava as pessoas para a câmara de gás, era o regime. Um homem bom, afirmou. Não por ter tido a sua vida salva, no momento inicial da seleção, mas por, como cristão, assim acreditar.
Müeller foi condenado à pena de morte por enforcamento e ao ser retirado do tribunal, passando pelo rabino, o olhou. Dos seus olhos, escorreu uma lágrima e ele sussurrou: Muito obrigado!
Ao influxo do amor do rabino, o coração de pedra se transformara. Voltara a ser homem. Sentir, emocionar-se, ante o afeto de alguém a quem ele, em essência, nada fizera.’
Refletindo sobre este texto , da redação do Momento Espírita, acreditamos que o caso dos yanomami não seja de genocídio, para facilitar o garimpo na área, pois os que dizem que Deus está acima de todos não permitiriam, mesmo indiretamente.
Prefiro não crer em genocídio e holocausto no Brasil, que segundo o slogan do governo anterior, está acima de tudo, portanto, de interesses de exploradores do ouro em terras dos povos originários.
Akino Maringá, colaborador
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