A Prefeitura de Maringá não tem equipamento de medição sonora regular, ou seja, compatíveis com as últimas revisões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC). Desde a última calibração do aparelho conhecido como decibelímetro o município não tem como fazer as medições sonoras, apesar das reclamações de poluição sonora verificadas em alguns pontos da cidade, em especial sobre casas noturnas.
A expectativa do Instituto Ambiental de Maringá (IAM) é de que em até quatro meses um novo equipamento, adequado às alterações feitas pela ABNT, seja entregue ao IAM, resultado de um acordo com uma empresa que sofreu sanção por infração. A empresa também arcará com curso e calibração do equipamento. O município também prevê abrir licitação para a aquisição de ao menos um aparelho, que custa até R$ 50 mil. O decibelímetro capta a medição da pressão sonora em decibéis, no momento em que o aciona.
De acordo com a presidente do IAM, Juliane Kerkof, apesar da falta de aparelho adequado operações continuam sendo feitas, especialmente sobre orientação e alerta para estabelecimentos que utilizam música ao vivo, inclusive em relação aos horários permitidos legalmente. Atualmente, o recém-criado instituto está apenas verificando os horários de funcionamento dos estabelecimentos reclamados, que estariam sendo monitorados em todos os plantões noturnos.
“Uma cidade do porte de Maringá, que diz ser uma cidade moderna, avançada e tecnológica não possui equipamento tão importante para a qualidade de vida de seus moradores? Temos que viver em uma algazarra de barulhos, gritarias, músicas altas por falta de um equipamento tão simples? Enquanto isso a prefeitura gasta dinheiro com diversas coisas banais e desnecessárias, em vez de focar na qualidade de vida dos moradores e pagadores de impostos”, comentou um leitor que, assim como seus vizinhos, fez protocolo por causa do barulho provocado por casas noturnas.
“Que essa farsa de cidade perfeita caia por chão, pois estamos indignados e sem ter a quem recorrer nesse assunto. Nossas crianças, idosos e membros em geral de nossas famílias precisam novamente de noites de sono e finais de semana em paz”, concluiu o reclamante.
Ângelo Rigon
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