A Polícia Civil de São Paulo identificou nesta sexta-feira (8) cinco pessoas que são suspeitas de serem os autores das ameaças de morte contra o goleiro Cássio, do Corinthians, segundo reportagem veiculada hoje de manhã no programa Fala Brasil, da Record TV. O jogador recebeu mensagens de áudio e texto na quinta-feira (7) que pediam sua saída do clube paulista após os maus resultados na reta final do Paulistão 2022 e na estreia da Libertadores.
Cássio procurou a polícia assim que recebeu as ameaças. Segundo Cesar Saad, delegado da Polícia Civil, o goleiro chegou visivelmente abalado a delegacia para fazer o boletim de ocorrência. “Ele chegou aqui na base chorando, muito nervoso porque a mulher ligou para ele e falou que queria ir embora do Brasil”, disse Saad.
Os apontados como responsáveis pelas ameaças devem ser ouvidos ainda hoje pelos policiais. A investigação ainda deve ouvir outras pessoas ligadas ao goleiro, as torcidas organizadas e ao Corinthians.
Na manhã de quinta-feira (7), 14 torcedores organizados foram até o CT Joaquim Grava e tiveram autorização para conversar com alguns jogadores sobre os maus resultados. Eles também cobraram o técnico Vítor Pereira, o presidente Duilio Monteiro Alves e os dirigentes responsáveis pelo futebol, Roberto de Andrade e Alessandro.
Em uma das imagens, aparece um revólver e balas em cima de uma camisa do Timão. “Você avisa para ela que nós vamos encontrar ela. Aqui não tem fã de Cássio não, tá, irmão? E é o seguinte, quando nós encontrarmos, nós vamos esculachar, você entendeu? O recado está dado. Ou pede para sair ou está ligado. Agora o chicote vai estralar, entendeu? Ou a coisa vai ficar mais embaixo. É questão de tempo. Eu não sei o que nós vamos fazer, matar eu não sei, entendeu? Mas a gente vai achar e esculachar, entendeu?” (sic.), diz um dos áudios enviados.
Após o ocorrido, o Corinthians publicou uma nota de repúdio sobre as ameaças, onde afirmou ter acionado a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva.
Nota oficial do Corinthians sobre as ameaças:
“O Sport Club Corinthians Paulista repudia veementemente quaisquer manifestações criminosas de ameaça à integridade física de atletas – e seus familiares – da nossa centenária instituição.
A cobrança pacífica à equipe por resultados faz parte da cultura do futebol, porém, quando a vida de qualquer um é colocada em risco, o protesto se torna crime e não pode passar impune.
O Clube já acionou a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) e outros departamentos para tomar todas as medidas cabíveis e assim garantir a segurança de todos os atletas. É lamentável esse tipo de atitude. Isso é crime e deve ter punição.”
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