A Polícia Civil intensifica as investigações em ferros velhos da cidade e começa a prender suspeitos de comprar fiações furtadas, principalmente em obras da construção civil.
Mas os ladrões estão atacando também prédios públicos e até sistemas de iluminação de campos de futebol suíço, como ocorreu na semana passada na Associação Banestado, onde a diretoria tentou prevenir furtos, concretando as canaletas. Mesmo assim, os ladrões usaram picaretas e arrancaram vários metros de fios de cobre escavando as cabeceiras e laterais do gramado.
O combate ao furto passa diretamente pela prisão dos receptadores, que compraram os fios dos ladrões para extrair o cobre, que custa muito caro. Ao todo, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de ontem em ferros velhos de Maringá onde dois suspeitos de receptação foram presos em flagrante. O delegado Laércio Fahur, que comandou a operação, investiga agora a origem do material apreendido, que estava em poder dos suspeitos detidos na operação.
Segundo o delegado-chefe da 9ª Subdivisão Policial, Adão Rodrigues, os furtos são praticados também contra residências e estabelecimentos comerciais , mas os alvos preferidos pelos ladrões são prédios públicos e construções que não contam com sistemas próprio de segurança. “Estamos muito preocupados com essa questão. As pessoas estão subtraindo, inclusive, fiação de praças e centros de lazer”, disse o delegado, ressaltando que “é inadmissível que comerciantes adquiram produtos desses furtos, porque é exatamente a receptação que incentiva a ação dos bandidos”.
As autoridades policiais lembram que a receptação é crime grave e pode resultar em muitos anos de cadeia para o receptador. “Nós estamos trabalhando e vamos colocar os alimentadores desse tipo de crime na cadeia”, adverte Laércio Fahur. Os homens detidos nesta segunda-feira não tiveram suas identidades divulgadas.
Redação JP
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