“Nesse momento existe a intenção de que todas as forças de segurança atuem na mesma direção, elegendo como alvo principal do combate os compradores do material furtado”, disse o Secretário Municipal de Segurança, Ivan Quartarolli, ao ressaltar que a origem dessa onda de furto de fios de cobre na cidade está nos receptadores. Sem ter para quem vender, os ladrões, que pela avaliação da polícia são em sua maioria usuários de droga, não praticariam esse tipo de furto.
No mercado de materiais elétricos fios de cobre tem preços altos o que atrai ladrões e mais ainda, receptadores. Isso explica o aumento do número de furtos em obras , principalmente públicas, caso de escolas e unidades de saúde. Ultimamente nem a decoração natalina tem escapado. De acordo com a Prefeitura, o prejuízo em novembro chega a R$ 15 mil. Só na Avenida Tuiuti foram furtados 300 metros de fios.
Para combater esse tipo de crime, o caminho mais rápido e definitivo é a desmontagem de organizações criminosas especializadas, concentradas nos receptadores. Por isso o esquema de combate envolve até a aprovação de um projeto de lei pela Câmara Municipal, que obriga os comerciantes do setor a provarem a origem dos fios de cobre que adquirem para a revenda. O projeto até já tramita na Câmara. É de autoria do vereador e delegado Luiz Cláudio Alves.
O prefeito Ulisses Maia , que participou da reunião, diz que os furtos de fiação causam prejuízo e muito transtorno. “As comunidades esportivas, postos de saúde, escolas, apesar de todo o esforço, não dão conta. É um grande esforço coletivo, pois além do furto em si, é preciso pensar em todo o dano que se causa”, resumiu. Os empresários também sofrem com a ação dos ladrões, acrescenta o presidente da Acim, Michel Felippe. As denúncias de furto de fios de cobre podem ser feitas pelo 153, Guarda Municipal e 190.
Redação JP
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