O atirador teria chegado sozinho, tomou o celular dos funcionários, matou o traficante “Pestinha” e ao fugir, deixou os aparelhos em uma lixeira, conforme havia anunciado.
O delegado Adriano Garcia, que comanda as investigações sobre o crime que aterrorizou funcionários e pacientes do Hospital Metropolitano de Sarandi domingo à tarde já levantou a identidade do atirador. Seria o mesmo que na quarta-feira invadiu um supermercado no Jardim Esperança e acertou dois tiros em Diego Henrique Valentin, conhecido no mundo do crime como “Pestinha”, morto quatro dias depois do atentado.
De acordo com dados da Polícia Civil de Sarandi, o suspeito pelo homicídio que se seguiu ao atentado seria Lincon Van Damme Ferreira, de 23 anos, que depois de fugir em um Spacefox prata, colocou fogo no veículo em uma estrada rural de Maringá. A polícia apurou que Lincon estava acompanhado de outros dois comparsas. Mas funcionários do hospital disseram que ele entrou sozinho na portaria e de arma em punho disse que não queria machucar ninguém, apenas pretendia ir até a UTI para “resolver um probleminha”. Aí ordenou que todos lhe entregassem seus aparelhos de celular, que depois ele devolveria, deixando todos na lixeira. E após cometer o crime, fez exatamente o que havia prometido: deixou os celulares em uma lixeira existente na entrada do hospital. Para chegar até a UTI fez uma enfermeira de refém.
Diego Henrique usava tornozeleira eletrônica e era investigado por tráfico de drogas e homicídio. Ele seria chefe de uma facção criminosa que comandava o tráfico no Jardim Esperança e teria sido vítima de uma gang rival. A Polícia recolheu dentro da UTI do hospital, 20 estojos de pistola 9mm.
Em nota, o Hospital Metropolitano de Sarandi lamentou o ocorrido, mas ressaltou que não bastava apenas lamentar o ao extremo de violência, mas condená-lo e exigir resposta imediata das autoridades de segurança. Informou, por fim, que está prestando todo apoio aos funcionários e familiares envolvidos.
Redação JP
Foto – Blog do Almenara