Foi a segunda fase da operação do gênero, desencadeada para desmontar uma organização criminosa que atua junto às prefeituras, fraudando processos de licitação e para isso, pagando propina a servidores públicos municipais. Na primeira investida da Polícia Civil contra a quadrilha foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão. Os documentos apreendidos serviram de base para a continuidade das investigações que estão se aprofundando em todo o Estado A quadrilha atua principalmente nas concorrências públicas realizadas por prefeituras do interior para a compra de peças, serviços e máquinas pesadas.
Mais de 120 policiais participam da ação dessa quinta-feira, que ocorreu simultaneamente nos municípios de Alto Piquiri, Goioerê, Juranda, Anahy, Braganey, Campo Bonito, Cascavel, Quatro Pontes, São José das Palmeiras, Ouro Verde, São Pedro do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques, Capanema, Realeza, Catanduvas, Três Barras do Paraná e Rio Bonito do Iguaçu.
Após as investigações, iniciadas em 2019 e consideradas de alta complexidade, a Polícia Civil do Paraná constatou que o grupo criminoso vinha criando empresas de fachada, com funcionários laranjas e a participação de servidores públicos. As investigações tiveram início em março de 2019 . As primeiras fraudes ocorreram em Missal, mas a polícia descobriu que a prática criminosa se estendia por outros municípios do Oeste do Paraná. As compras, feitas por meio de licitações fraudulentas, eram todas com preços superfaturados. Em muitos casos, comprava-se peças usadas como sendo novas e que nem sempre eram entregues, embora os pagamentos acabavam sendo realizados.
Redação JP
Foto – PC
