A matéria de hoje tem como tema A UNIÃO FAZ A FORÇA. A expressão popular “a união faz a força” cabe muito bem para a história que vou relatar a seguir.
E força é tudo o que um segmento precisa para ser bem representado perante o governo, principalmente em momentos difíceis.
Era essa a necessidade que tinham os cafeicultores brasileiros no início do ano de 1930. A grande depressão, crise de 1929, fez com que o preço da saca em grão despencasse em todo o mundo.
O Brasil, grande produtor mundial, sentiu duramente o golpe. O preço caiu tanto que, em vez de vender o café, os produtores preferiram queimar as sacas de café ou jogá-las no mar ou ainda usá-las como combustível em locomotivas a vapor.
Os cafeicultores pressionaram o órgão da classe que os representava, o IBC Instituto Brasileiro do Café e este se reuniu com políticos para juntos pensarem numa saída.
Na época, já existia por aqui o leite em pó, lançado pela Nestlé e o produto era muito utilizado na preparação de café com leite por ser prático e dispensar refrigeração.
Eles pensaram: Se existe tecnologia para o leite em pó, por que não para o café solúvel? Com essa ideia na cabeça, uma delegação do governo e do IBC embarcou em direção à sede da Nestle na Suíça e reuniram-se com o presidente da companhia e o convenceram a desenvolver o novo produto.
Este enviou solicitação para o laboratório e de fato o desafio era o mesmo do leite: desidratar o produto para que ele durasse mais, sem perder as qualidades principais de aroma e sabor.
Depois de alguns anos de pesquisas, em 1937 os técnicos apresentaram ao presidente da Nestle um pó de café granulado que não precisava ser coado e que, em contato com a água quente, liberava o delicioso aroma da bebida. Nasce aí o Nescafé.
Como hoje vemos uma série de aplicativos, negócios disruptivos e novos produtos e mercados, tudo nasce para resolver um problema que existe.
Na verdade, tudo o que tem por aí passa pela união de esforços em algum momento, senão todos.
Assim, o Kalanick quando criou o UBER, sendo um filho de classe média e então, um estudante desistente da UCLA resolveu o problema de transporte urbano com seu aplicativo.
Os três amigos estudantes, sem nenhum dinheiro, apartamentinho apertado quando em sua união de ideias, esforços e pensamentos, aproveitando um problema local em sua cidade, num evento onde não mais havia leitos disponíveis em hotéis, foi o estopim em sua ousadia para criar uma Startup, o AIRBNB, hoje, com mais leitos oferecidos do que todos os hotéis do mundo.
Na verdade, tudo nasce na vida para resolver um problema. Ninguém também fica milionário sozinho, tampouco feliz.
Imagine um mundo em que acordamos inspirados para trabalhar e trocamos ideias com as pessoas próximas. Isso às vezes é um vulcão de ideias que se transformam numa potência mundial.
Mas é preciso compreender essa conexão. As pessoas só irão se dedicar de corpo e alma a um movimento, uma ideia, um produto ou serviço, se compreenderem o verdadeiro propósito por trás deles.
A união faz a força e isso não é somente um ditado popular e sim uma realidade que faz diferença, sobretudo quando a intenções são positivas. Neste momento de pandemia, infelizmente não temos visto isso.
Saber viver num mundo competitivo é necessário, enxergar no concorrente um desafio é prazeroso, mas cuidado… a competição não pode infectar o seu time, a sua turma. Todas as estrelas devem estar em harmonia e assim seu brilho irá compor um céu.
Agora estamos exercitando outras formas de expressão das práticas solidárias, que é essa união. O atual cenário adverso está nos convocando à urgência de compreender que as atitudes de uma pessoa podem impactar em todas as demais.
E, solidariedade hoje significa, literal e diretamente, nossa sobrevivência. Esse tipo de conduta é uma condição inerente ao ser humano, pois nossa espécie tem uma constituição direcionada para o cuidado, para buscar atender as necessidades uns dos outros e, muito em função disso, temos obtido êxito em sobreviver há milênios.
Nesse sentido, vale lembrar que um dos significados da palavra solidariedade é responsabilidade recíproca entre elementos de um grupo social ou de uma comunidade. A partir disso, pode-se sugerir que nesse momento desafiador possamos nos questionar: “isso que estou querendo fazer é bom para mim e também para todos?”.
Veja, a união faz a força em negócios, na criação de novos produtos que atendam uma população e na sobrevivência do ser humano em todos os sentidos.
E você, já pensou nos problemas do seu dia a dia, olhando por um outro foco ou buscando uma boa troca de ideias para melhor implementar a sua vida, dar mais sentido a ela ou mesmo o seu negócio?
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
- Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros… compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.