O Tribunal de Contas do Estado vai abrir processo contra 30 políticos, entre os quais estão um prefeito, três ex-prefeitos e 26 vereadores
Pelo que apurou o TCE nenhum dos investigados se enquadrava nos grupos prioritários para vacinação. A instauração do inquérito que vai apurar as irregularidades ocorrerá nesta segunda-feira, 26 de abril. O objetivo do TCE é apurar responsabilidade dos gestores e agentes públicos municipais, envolvidos na aplicação irregular.
O Tribunal de Contas chegou até a esses políticos depois de cruzar as informações da lista de vacinados com a lista de pessoas que ocupam esses cargos públicos. De acordo com o TCE, a ação é resultado do encaminhamento de 23 Apontamentos Preliminares de Acompanhamento (APAs) pedindo explicações às prefeituras envolvidas sobre os casos irregulares apurados. Na maior parte das respostas fornecidas às notificações, “as justificativas dos agentes políticos apresentadas não se mostraram convincentes”. Por isso, os auditores recomendaram a abertura de processos.
As apurações dos técnicos do Tribunal de Contas mostraram que diversos políticos foram indevidamente vacinados na condição, por exemplo, de motorista de ambulância. Um vereador foi vacinado como farmacêutico; outro, que é motorista de ambulância, foi vacinado como médico. Uma vereadora também imunizada sem pertencer a qualquer gruo prioritário recebeu a vacina por ser ex-sócia de uma clínica médica pertencente ao marido. O TCE não divulgou os nomes e nem as cidades dos envolvidos, que deverão ser multados e até inabilitados para funções públicas.
Redação JP
Foto – RPC
