A Secretária da Mulher (Semulher) de Maringá, Terezinha Pereira, divulgou números preocupantes em relação ao atendimentos de mulheres vítimas de violência. Entre janeiro e março deste ano, foram 400 registros, o dobro da quantidade registrada no primeiro trimestre de 2020 quando foram 197 atendimentos. Esse aumento estaria ligado diretamente ao isolamento social mais rigoroso, feito, na maioria absoluta dos casos, junto com o agressor.
Com a demanda, foi preciso adequar o atendimento na Semulher e seguir acolhendo as vítimas. A escala é em dois turnos, manhã e tarde, realizada pela Secretaria e também no Centro de Referência em Atendimento da Mulher (Crammm). A equipe conta com assistência social, psicológica e jurídica.
“Desse modo, procura-se fortalecer a autoestima da mulher que sofre violência, assegurando também o acesso às políticas públicas que devidamente lhes beneficiem. São feitos encaminhamentos à Delegacia da Mulher para entrada no registro do boletim de ocorrência e solicitação de medidas protetivas determinadas pela Vara Especializada da Mulher. Nos casos de risco eminente de morte, mulher e filhos são acolhidos pela Casa Abrigo”, explicou Terezinha.
Nos primeiros meses deste ano a Casa Abrigo recebeu cinco mulheres em situação de risco iminente. Os filhos e até animais de estimação das vítimas também foram acolhidos. A secretária diz acreditar que a pandemia criou uma outra pandemia, a da violência doméstica de gênero. Agressões que, segundo ela, ficaram mais intensas passando de empurrões e tapas para ferimentos graves feitos por faca e fraturas. O nível de crueldade também ficou maior.
SERVIÇO
As mulheres que estiverem passando por situação de violência podem procurar atendimento pelo número (44) 3293-8350 ou através do e-mail: mulher@maringa.pr.gov.br.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução
