Assim que houver vacinas contra a Covid-19 disponíveis em Maringá, os professores e trabalhadores da educação deverão ser incluídos como grupo prioritário para receber as doses. Os vereadores aprovaram a inclusão dos profissionais na 1ª fase de imunização na manhã de ontem, durante sessão na Câmara Municipal. Foi a segunda discussão sobre o assunto, ainda haverá a terceira e depois encaminhado para a assinatura do Prefeito Ulisses Maia.
Com a aprovação, Maringá poderá alterar a ordem do elenco prioritário na vacinação, estipulado pelo Governo Federal. O projeto de lei 15848/2021 é da vereadora Ana Lúcia Rodrigues (PDT) com apoio de Mário Verri (PT), Onivaldo Barris (PSL) e Dr. Manoel (PL). Para a autora, a inclusão vai ajudar a resolver o impasse entre trabalhadores dos setores privado e público sobre o retorno de todas as atividades presenciais nas escolas. Ela não deixou de ressaltar o papel fundamental do Governo Federal na distribuição das vacinas.
SESSÃO
Somente os vereadores e servidores indispensáveis participaram da sessão ordinária na manhã de terça-feira. Servidores efetivos e comissionados continuam trabalhando em home office. De acordo com o presidente do Legislativo, Mário Hossokawa, os vereadores com mais de 60 anos ou com comorbidades não são obrigados a participar das reuniões.
“Temos matérias importantes que precisam ser votadas, caso contrário vai prejudicar toda a Cidade. A Câmara continua fechada, os funcionários e assessores também vão trabalhar de forma remota. Eu tenho ponte de safena, pertenço ao grupo de risco, mas como presidente da Casa de Leis faço questão de estar presente. O restante que se enquadra nos critérios tem o direito de decisão”, disse Hossokawa.
Os prazos regimentais não estão suspensos e as sessões ordinárias devem continuar presenciais. Todavia é observada e acompanhada a situação da Covid-19 no município, podendo haver alteração no expediente.
GRATIFICAÇÃO
Em primeira discussões, os vereadores, de forma unânime, aprovaram a proposta do Executivo em pagar uma gratificação temporária para os servidores da área da saúde. Hossokawa disse que “o Prefeito quer dar a gratificação e nós da Câmara achamos justos porque são profissionais que estão dando a vida para salvar outras vidas”.
O projeto prevê benefício de 20% nos salários dos funcionários que atuam cuidando de pacientes com Covid-19. Porém, para ter direito, o funcionário não pode ter nenhuma falta sem justificativa. Objetivo é que a gratificação seja paga até o fim da pandemia do novo coronavírus.
“É uma forma de estimular o servidor a trabalhar na linha de frente, porque tem horas que temos dificuldades de conseguirmos médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem. Essas pessoas dedicaram a vida delas”, disse Ulisses Maia.
CONSÓRCIO
Os parlamentares também discutiram, em regime de urgência, a compra conjunta de vacinas contra Covid-19. Maringá deve fazer parte da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) que articula sobre a aquisição de imunizantes. Todos, mais uma vez, votaram a favor. Com a adesão, o município passa três caminhos para aderir a vacina, seja pela FNP, pelo Ministério da Saúde e pela compra direta.
“Estamos em uma situação emergencial e realizamos todas as ações possíveis para vacinar nossa população”, concluiu o presidente da Câmara.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução