O fato ocorreu terça-feira à tarde, quando o preso Teyllor Moreira recebia medicação. Assim que ela retirou a seringa o detento a agrediu. Ela conseguiu se esquivar e chamar a atenção dos guardas do presídio antes que o marginal a utilizasse como refém para uma possível fuga. Mas acabou ferida no pescoço com um golpe de estilete. A enfermeira, que não teve seu nome divulgado, foi levada para um hospital da cidade e muito nervosa, precisou até de ajuda psicológica.
Segundo o Depen, o preso foi imediatamente contido por policial penal que se encontrava atrás dele. A servidora recebeu apoio da gestão penitenciária, e após atendimento médico, foram realizados procedimentos de praxe, com condução do preso para o flagrante da ação criminosa, além dos procedimentos disciplinares do preso. E o Depen informou ainda que todo atendimento eletivo de saúde programado para ontem foi suspenso nas unidades da regionais de Maringá.
A presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Paraná (SINSSP-PR), Cláudia Regina Lopes, alertou para a falta de funcionários nas penitenciárias do Estado, o que tem provocado estresse nos servidores, deixando o ambiente dos presídios muito perigoso. Os servidores técnicos, como é o caso da enfermeira, não são agentes penais e portanto não dispõem da mesma proteção. “Atendemos 21 mil presos do sistema prisional do Estado, sem que tenhamos a mesma proteção dos agentes penitenciários”, protesta a Claudia Regina.
Redação JP
Foto – Depen