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Larva do mosquito da dengue é encontrada em mais de 8 mil residências em Maringá

Nesta sexta-feira (5/2), a Secretaria de Saúde de Maringá apresentou o primeiro Levantamento do índice de Infestação do Aedes Aegypti de Maringá (LIRA). A pesquisa se refere ao período entre 4 e 8 de janeiro de 2021.

O Índice de Infestação Predial (IIP) registrado, ou seja, percentual de imóveis com a presença da larva do mosquito da dengue, é de 2,2%. Esse percentual é considerado risco médio.

Ainda, o levantamento aponta o número de notificações feitas à Secretaria Municipal de Saúde, sendo 240 casos notificados, e o número de casos positivos, com 59 confirmações.

No estudo, também é possível compreender as áreas com concentração de casos positivos de dengue em Maringá, durante os dias 30 de julho de 2020 a 13 de janeiro de 2021. Entre os quatros pontos da cidade, a região oeste de Maringá apresentou maior concentração de positivos, seguido pela leste, norte e sul, com menor concentração de casos positivos.

Além disso, o LIRA permite o monitoramento da dengue em cada bairro da cidade. Os números são fundamentais para organizar estratégias de prevenção e combate. De acordo com o percentual do índice por Unidade Básica de Saúde (UBSs), os bairros adjacentes à Morangueira apresentaram maior infestação com 6,6 %: Vila Esperança 4%, Pinheiros 3,4 % e, na sequência, Grevíleas com 3,2%. Ney Braga apresentou índice 0 de infestação.

No levantamento também consta a descrição dos recipientes onde foram encontrados os focos, como depósitos elevados, barris, tanques, calhas, materiais rodantes, recipientes de plásticos, folhas, troncos e poças d’água.

O secretário de Saúde de Maringá, Marcelo Puzzi, reforça a importância de seguir o combate à dengue com ações de prevenção. “Estamos em um índice moderado, melhor que no mesmo período do ano passado, quando era de 5%. Mas isso não significa que devemos relaxar com os cuidados diários. Pelo contrário, com esse período de chuvas é preciso redobrar a atenção e manter nossos quintais sempre limpos”, disse.

A Prefeitura de Maringá trabalha permanentemente no combate ao mosquito, com prevenção, fiscalização, identificação de locais com focos de dengue e orientação. O trabalho de prevenção e orientação do combate à dengue é coordenado pela Gerência de Zoonoses da Secretaria de Saúde, com vistorias nas casas pelos agentes de endemias para verificar a existência de locais com proliferação do mosquito transmissor da doença. Durante as vistorias, os moradores são alertados sobre o risco da dengue e a importância de evitar o acúmulo de água, o que favorece o desenvolvimento do mosquito.

A ação de limpeza em bairros com maior índice de dengue integra o conjunto de controle pontual de focos. Entre o final do ano passado e neste ano, a operação atendeu a Vila Morangueira, Chácaras Morangueira, jardins Mandacaru, Monte Carlo, Vila Santa Isabel, Jardim Alvorada, Jardim Oásis, Vila Esperança, Jardim Batel, Paulino, Tuiti e Novo Oásis. São recolhidos materiais que acumulam água e que possam servir de reservatórios para a proliferação do mosquito.

A equipe do Jornal do Povo perguntou a Prefeitura de Maringá se os agentes comunitários de saúde no controle da dengue haviam tomado a vacina contra o novo coronavírus. No entanto, a equipe não obteve respostas até o encerramento desta edição.

Mariana Belleze
Foto – Reprodução

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