O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta quarta-feira a Operação Regalia , no Oeste e Sudoeste do Paraná. Foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão, seis de prisão preventiva e um de afastamento da função pública. Entre os presos, estão um delegado de polícia civil, um escrivão de polícia, um agente penitenciário e dois investigadores. As ordens judiciais, expedidas pelo Juízo de Quedas do Iguaçu foram cumpridas nas cidades de Francisco Beltrão, Capitão Leônidas Marques, Quedas do Iguaçu e Cascavel.
O Gaeco apura a prática dos delitos de organização criminosa, peculato, concussão, falsidade ideológica, facilitação à fuga, usurpação de função pública e estelionato. Todos os servidores envolvidos prestam serviço na Delegacia de Quedas do Iguaçu, para onde foi transferido, a pedido deles, um detento, chamado de “preso de confiança” , utilizado como operador do esquema. As ordens judiciais, expedidas pelo Juízo de Quedas do Iguaçu, estão sendo cumpridas nas cidades de Francisco Beltrão, Capitão Leônidas Marques, Quedas do Iguaçu e Cascavel, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel e da Promotoria de Justiça de Quedas do Iguaçu.
De acordo com reportagem do portal Bem Paraná, “a apuração mostrou que os policiais investigados, frequentemente na companhia do preso “de confiança” e de um agente penitenciário lotado no local, abordavam agricultores e empresários da região e, ao informá-los de que estariam cometendo crime ambiental, recolhiam madeiras e baterias das máquinas agrícolas. Ao comparecerem na Delegacia de Polícia, as vítimas eram atendidas pelo preso, que ora se passava por fiscal do Ibama, ora por policial civil, exigindo valores em troca da não instauração de investigação ou para a devolução dos bens apreendidos.
Todos os atos eram supostamente praticados com a anuência e em benefício dos demais investigados. O preso que atuava no grupo foi requisitado irregularmente de outro presídio a fim de operacionalizar os crimes cometidos pela organização criminosa na região, sendo-lhe confiada, inclusive, uma arma de fogo para uso nas diligências externas”. O mandado para o recolhimento do preso ao presídio não foi cumprido, porque o mesmo encontra-se foragido”.
Redação JP
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