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Enem registrou movimento menor neste domingo

Candidatos e fiscais da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) em diferentes capitais relatam um movimento ainda menor de candidatos no momento da abertura dos portões dos centros de aplicação da prova neste domingo (24) em relação ao dia 17, primeiro dia do exame. O índice de abstenção na ocasião, de 51,5%, foi um recorde na história da avaliação .

No Rio de Janeiro, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), um dos principais locais de aplicação do Enem na capital fluminense, abriu para entrada dos estudantes às 11h15m, alguns minutos antes do programado, às 11h30m. Não houve fila e poucos candidatos entraram. Outros aguardaram na entrada do local, que estava mais vazia em relação ao primeiro domingo de prova.

Em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, apenas quatro candidatos chegaram antes das 11h30m, no Colégio Estadual Aurelino Leal, no Ingá, para fazer a prova. Na semana passada, no primeiro dia do exame, foram sete estudantes que chegaram cedo.

No domingo passado, Matheus Fontenele, 18 anos, morador do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, esperou um bom tempo para entrar na Mackenzie para fazer o Enem . Fontenele queria ficar longe das aglomerações e, por isso, esperou quase todo mundo entrar antes de seguir para sua sala. Hoje, ele se surpreendeu com a diferença de cenário.
“Na semana passada, a sala já estava bem vazia porque metade faltou, mas ainda tive que esperar esvaziar um pouco para entrar”.

Já na Unip Vergueiro, minutos antes da abertura dos portões, candidatos relataram que havia menos gente no local do que na semana passada.

Tranquilidade em BH
Em Belo Horizonte , apenas seis candidatos formavam fila na abertura dos portões de colégio público tradicional da cidade. O clima, que já havia sido de tranquilidade no último domingo, foi ainda mais pacífico hoje.

Na Escola Estadual Governador Milton Campos, conhecido como Estadual Central, localizado na Zona Sul da capital mineira, apenas seis candidatos aguardavam a abertura dos portões, que ocorreu pontualmente às 11h30m.

Breno Ferreira, de 19 anos, foi um dos primeiros a chegar e já esperava que o movimento de candidatos seria menor. “No primeiro dia de prova muita gente pode ter visto que estudar em casa não foi suficiente e acabou desistindo pra tentar se sair melhor no próximo Enem”.

Mesmo cenário na BA e no PI
No Colégio Manoel Devoto, em Salvador , um dos principais pontos de aplicação do Enem na capital baiana, o movimento também foi menor em relação à semana passada.

Em Teresina, a Universidade Estadual do Piauí (Uespi) abriu os portões às 11h20m de domingo com poucos vestibulandos presentes. Há 2 mil candidatos alocados na Uespi.

O secretário estadual de Educação do Piauí, Ellen Gera, afirmou que 75 mil dos 135 mil inscritos no estado não compareceram à prova no primeiro dia e prevê que, neste domingo, aa abstenção deve ser ainda maior do que no dia 17, que foi de 48%.

“Temos que respeitar as famílias e os estudantes que tiveram medo de fazer o Enem durante a epidemia do novo coronavírus “, afirmou Gera.

O secretário avalia que há uma tendência de aumentar a abstenção no segundo dia, principalmente entre os candidatos que não tiveram bom desempenho no primeiro dia de provas .

Garoa em Curitiba
Em Curitiba, os poucos estudantes que apareceram no campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), o maior local de provas da capital paranaense, relatam que o movimento está ainda menor do que na semana passada. Uma chuva fraca, porém insistente, cai desde as primeiras horas da manhã na cidade. Mais de mil alunos estão inscritos para realizar provas na instituição.

Mesmo assim, não houve trânsito na região, ao contrário do que costuma ocorrer em dias de Enem ou vestibular.

Daniele Pavilak, 35, conta que, na semana passada, dos dois maços de prova abertos na sua sala, apenas a metade foi usada, tamanha desistência. A estudante, que chegou a cursar alguns anos de graduação de Economia, mas desistiu, tenta agora uma vaga para o curso de Administração.

Já Janyne Borin, 18, viveu a situação inversa e, por isso, chegou mais cedo na PUC: buscando uma vaga em Psicologia, ela relata que no primeiro domingo de provas alguns estudantes que estavam em sua sala não puderam realizar o teste, por conta da lotação. “Por isso cheguei antes. Mas mesmo assim notei que no geral tem menos gente chegando”.

Foto – Reprodução

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