A Prefeitura de Maringá informou que normalizou os estoques de materiais em todos os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e escolas municipais. Nesta semana foi finalizada a entrega de papel sulfite e óleo de soja para as 117 unidades escolares da rede. Segundo a administração municipal, também foi implantado um rigoroso processo de fiscalização para garantir a qualidade dos produtos da merenda escolar, principalmente carnes, verduras e legumes.
O secretário de Educação, Fernando Brambilla, explicou que o abastecimento de papel sulfite foi comprometido devido à suspensão do processo licitatório pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), no início do ano. “A partir desta situação, trabalhamos, dentro de todos os meios legais, para a retomada do processo e aquisição dos sulfite, garantindo o abastecimento dos estoques em todas as unidades nesta semana”, disse.
Em relação ao óleo de soja, o produto estava em falta em algumas unidades após a desistência da empresa vencedora da licitação. A Prefeitura acionou a segunda colocada no edital e realizou uma compra emergencial para garantir a merenda escolar e a empresa original foi notificada e deverá ser penalizada, conforme prevê a legislação. “Mesmo que o processo não ocorra na velocidade desejada, está sendo conduzido com a máxima agilidade permitida pela legislação”, reforçou o secretário de Logística e Compras, Luís Guilherme Turchiari.
Para melhorar a qualidade dos alimentos entregues, a Prefeitura também implantou um novo processo de fiscalização. “Recebemos diversas reclamações das merendeiras sobre a qualidade dos itens, principalmente carnes, verduras e legumes. A partir disso, realizamos reuniões com os fiscais de contrato e ajustamos o padrão de recebimento conforme os critérios da licitação”, explicou Turchiari.
Além disso, o município começou a receber as blusas de lã dos kits de uniforme escolar. Na próxima semana, será iniciada a entrega de outras peças, como agasalhos, calças, bodies, shorts e shorts-saia, já em relação aos materiais escolares, a aquisição dos itens está sendo finalizada por meio de adesão a uma ata de consórcio, devido à não conclusão dos processos licitatórios iniciados no ano passado para o ano letivo de 2025.
COMISSÃO
A Comissão Extraordinária de Educação da Câmara, composta por Professora Ana Lúcia (PDT), Mário Verri (PT), Sidnei Telles (Podemos), Akemi Nishimori (PSD) e Luiz Neto (Agir), que faria ontem, 19, visitas técnicas às escolas da rede municipal, teve um impasse envolvendo a Secretaria Municipal de Educação (Seduc).
A ação parlamentar tinha como objetivo avaliar a estrutura física das unidades, identificar boas práticas e ouvir demandas de professores e funcionários, especialmente sobre a suposta falta de insumos, como papel sulfite, toner de impressoras e óleo de cozinha.
As duas unidades visitadas que seriam visitadas eram a Escola Municipal Antônio Carlos Velasque, na Avenida Mauá, e o CMEI Elizete Aparecida Romagnoli Piveta Assunção, no Jardim Canadá. No entanto, ao chegar na primeira escola, os parlamentares se depararam com servidores da Seduc no local, o que gerou desconforto entre os membros da comissão.
A Prefeitura de Maringá, por meio de nota oficial, negou qualquer tentativa de interferência e reforçou o respeito à independência dos poderes. “A Prefeitura de Maringá esclarece que todas as unidades escolares do município estão de portas abertas para receber visitas da Comissão de Educação da Câmara e de todos os vereadores.
O município reforça o respeito à independência e à harmonia entre os Poderes, princípios fundamentais da administração pública. A Prefeitura fica à disposição do Legislativo, sempre com foco na melhoria da educação e no interesse da população.”
As visitas fazem parte de uma agenda de acompanhamento das políticas públicas educacionais do município e devem ser retomadas em breve, com a definição de um novo cronograma e checklist de verificação para tornar o trabalho da comissão mais efetivo.
Da Redação
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