
Em visita a Maringá ontem, na sede da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), o secretário estadual das Cidades, Guto Silva, apresentou um dos projetos mais ambiciosos do governo do Paraná na área de segurança pública: o “Olho Vivo”.
A iniciativa prevê a instalação de 20 mil câmeras de monitoramento inteligente nos 399 municípios paranaenses, com tecnologia de reconhecimento facial e leitura de placas de veículos, integradas ao sistema da Polícia Militar.
Segundo o secretário, a proposta é transformar o Estado em uma “muralha digital”, reforçando o combate à criminalidade e ampliando a vigilância em tempo real em todas as regiões.
“Vamos fechar o Paraná inteiro com monitoramento inteligente. Quem cometer um crime em Maringá e fugir para Floraí, por exemplo, não terá escapatória, pois todas as cidades terão câmeras com essa capacidade”, afirmou Guto Silva.
O projeto deve ser lançado oficialmente dentro de um mês e tem como referência o modelo já em operação na cidade de São Paulo, onde os resultados positivos na segurança têm sido expressivos.
REPASSES
O anúncio foi feito durante uma agenda que marcou os 31 dias de Guto Silva à frente da Secretaria das Cidades. Além de apresentar o “Olho Vivo”, o secretário autorizou repasses que somam R$ 4.173.961,57 para seis municípios da região de Maringá.
Paiçandu foi o mais beneficiado, com quase R$ 1,9 milhão destinados à construção de barracões industriais e aquisição de equipamentos rodoviários. Outras cidades contempladas foram Astorga, Floresta, Munhoz de Mello e São Jorge do Ivaí, com recursos para obras de infraestrutura urbana e esportiva.
Durante a reunião, Guto Silva também ressaltou a importância dos projetos técnicos bem elaborados para a liberação de recursos. Segundo ele, há mais de R$ 4,5 bilhões disponíveis na Secretaria das Cidades, dos quais apenas R$ 800 milhões já estão empenhados.
O secretário ainda destacou a implementação de licitações compartilhadas entre os municípios como alternativa para otimizar recursos públicos, e mencionou a necessidade de uma transição das caixas previdenciárias municipais para o regime do INSS, alertando para o risco de colapso futuro na garantia das pensões dos servidores.
Da Redação
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