
A obra de duplicação da PR-317, no trecho entre Maringá e Iguaraçu, tem gerado crescente insatisfação entre moradores, motoristas e empresários da região. Iniciada em maio de 2021 com um investimento de R$ 183 milhões, a intervenção deveria ter sido concluída em 2023, mas permanece inconclusa após quase quatro anos.
A duplicação abrange 21,82 km e, segundo dados divulgados em outubro de 2024, apenas 61,33% da obra havia sido executada. Já em janeiro de 2025, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) admitiu que a empresa responsável não conseguiu cumprir o cronograma e solicitou um aditivo de prazo, sem qualquer nova previsão de entrega.
O cenário tem sido desafiador para quem depende da rodovia. A maringaense Eliane Ramos dos Santos, que utiliza a PR-317 com frequência, relata frustração com o ritmo das obras.
“Uso a rodovia praticamente quatro vezes por semana e não vejo melhoria significativa. Quando chove, a situação piora. Os desvios são mal estruturados, a sinalização é confusa e a obra parece não ter fim”, lamenta.
Na direção oposta, Marcos Raphael Piraí, que trabalha em Maringá e mora em Iguaraçu, enfrenta os mesmos desafios. “Passo por ali todo dia. O pior é que não existe nenhuma previsão real de término. Já se passaram quatro anos e nada muda”, reclama.
A situação ficou ainda mais crítica nesta semana com a greve dos trabalhadores da empreiteira responsável pela duplicação. Os operários cruzaram os braços reivindicando o pagamento do vale-alimentação, parte dos salários atrasados e o depósito do FGTS. Com isso, os serviços na rodovia estão oficialmente paralisados até que a situação seja resolvida.
O sindicato da categoria informou que a empresa se comprometeu a regularizar os pagamentos, incluindo os benefícios mensais, até ontem, 22. Em nota, o DER afirmou que “espera que a empreiteira resolva a situação o mais breve possível e permanece em tratativas visando que a obra seja concluída o quanto antes”.
Da Redação
Foto – Reprodução