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A história de Josué

A inspiração para o tema  nos veio após um empresário, concorrente, presentear nossa filha, e sócia, com um exemplar de Bíblia, com mensagem, destacando a passagem (  Josué 1-9)  (…) Esforça-te e sê corajoso: não tenha medo, nem te assustes; porque o senhor teu Deus, está contigo,(…).O texto  chamou-me a atenção,  pelas circunstâncias e contexto de uma reunião que acabávamos de participar,  e decidi  buscar entender a história  do  Josué nas escrituras sagradas.

 Segundo artigo de Frei Jacir de Freitas Faria, o livro de Josué trata da relação de Israel com a terra e com o Deus que o escolhe como povo, faz com ele uma Aliança, exigindo fidelidade.

 Trata-se, diz ele, de um livro catequético que sustenta a luta. Ao ler Josué, perguntas se impõem, tais como: Por que a imagem é de um Deus violento e sanguinário? Por que Deus oferece uma terra que já tinha dono? Qual a relação entre Moisés, Josué e Jesus?  

A imagem de Deus, que transparece no texto, a de violento, me fez pensar que se fosse verdade, as palavras de Jesus não fariam sentido. Minha conclusão é que a história de Josué, como tantas no Velho Testamento, não condiz com o  Deus, que é Amor,  apresentado pelo Mestre de Nazaré, como aprendemos com a Doutrina Espírita e que aqui resumo texto de Raul Teixeira:

O Evangelista João escreveu que Deus é amor e que amou o mundo de tal modo que mandou  Seu filho para que todos aqueles que Nele cressem, nunca mais perecessem. É muito importante pensarmos nisto. Deus é amor mas, muitas vezes, aprendemos a dizer essas frases e passamos a repeti-las mecanicamente. Poucas vezes, nos damos o trabalho de nos deter no que é que esses textos significam.

 O amor é a essência da vida. Nada do que existe, nada do que existirá, em termos de vida planetária, e cósmica, poderá ocorrer sem o amor. De fato, o amor é a alma da vida. Do mesmo modo que nós não conseguimos sobreviver no corpo físico sem o oxigênio, sem a respiração, sem a nutrição, não conseguimos viver animicamente, não encontramos saúde da alma fora das dimensões do amor. É tão importante amar que o Evangelista estabeleceu que Deus não é alguém que ama, mas que Deus é amor.

Deus é amor. Mas vale recordar-nos de que Jesus Cristo nos disse: Amai-vos uns aos outros tanto quanto vos tenho eu amado. Complicado imaginar que se possa amar como Jesus Cristo nos amou. No entanto, se essa foi uma proposta dEle, Ele sabia que precisaríamos realizar exercícios de amor. O amor não nos chega de repente, não brota em nós de repente.

      O amor é fruto do tempo, das experiências, da convivência com coisas, com seres. Vamos aprendendo a ter esse olhar de profundidade para tudo, para as coisas e para as pessoas. É a partir daí que nasce o amor. Alguém dirá: Eu amo o que eu faço. Não foi no primeiro dia. Possivelmente, no primeiro dia, tenha sido a coisa mais horrenda do mundo, mais perturbadora. Mas, à continuidade, passamos a tomar afeto por aquilo que fazemos. É o tempo que consagra o amor.

Diante de todos os nossos erros, é por causa do amor que o Criador nos permite voltar à Terra, recomeçar experiências, retomar contatos, reestruturando-nos, pouco a pouco, para esse dia sem ocaso que nos espera, para esse dia de intensa e inapagável luz.

É pelo amor, é somente pelo amor que nós estamos hoje no mundo, ainda que estourem bombas, ainda que haja palavra de impropério aqui e ali, ainda que haja maus homens, enfermas criaturas. Nada disso ocorre sem que o amor de Deus esteja sobrepairando-nos e mesmo do mal que a criatura humana intenta realizar, no auge de sua enfermidade moral, Deus retira o bem para que ela tenha algum mérito e para que todos possamos ser felizes porque Deus é amor. Nunca esqueçamos disso.’

E concluo com outra passagem evangélica assim resumida: “De que vale ganhar o mundo e perder a alma? “ganhos terrenos não compensam, se o custo for a deslealdade” ( Mateus 16:26-27).Quem é Cristão, sendo forte, não busca esmagar o fraco.

Pensemos nisso !  

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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