
Quando as coisas não saem como planejado, quando os resultados que esperávamos não se concretizam, o que você faz? Geralmente temos duas escolhas:assumimos a responsabilidade e aprendemos com a experiência, ou procuramos um culpado – algo ou alguém para jogar sobre essa pessoa ou sobre as circunstâncias a responsabilidade pelo que deu errado.
Agora, sejamos honestos: qual dessas opções você acha que conduz ao crescimento? Qual delas você acredita que perpetua ciclos de fracasso e frustração? Qual dessas opções é a certa?
A vida não é um roteiro previamente escrito, definido, planejado, onde tudo é garantido para dar certo. E quando não dá certo, quando os resultados nos desapontam, muitos de nós caímos na tentação fácil de apontar dedos ou de dar desculpas, justificativas.
É sempre mais fácil dizer que o problema não é nosso. É mais fácil dizer que é a economia, é o governo, é o chefe, é o clima—sempre há um candidato pronto para ganhar o papel de vilão em nossa narrativa pessoal.
Mas e se o verdadeiro problema for a incapacidade de assumir responsabilidade? Enquanto não assumimos a responsabilidade, lavamos as mãos. E nada muda.
Assumir responsabilidade é desafiador, é desconfortável, mas é incrivelmente libertador. Quando você assume a responsabilidade pelos resultados—bons ou ruins—você se torna protagonista de sua história, você ganha poder. Poder para mudar, poder para crescer, poder para tomar as rédeas de sua vida.
Pense comigo: o que acontece quando você culpa alguém ou algo pelos seus problemas?
Você se coloca na posição de vítima, de espectador da sua própria vida. E o que um espectador pode fazer? Muito pouco, eu diria. Um espectador não muda o jogo, ele apenas assiste, muitas vezes impotente, enquanto outros escrevem a história que ele vive.
Agora, considere, quando você assume a responsabilidade, quando olha para um resultado indesejado e diz “Eu posso mudar isso”, você se torna o autor da sua história. Você pode não ter controle total sobre cada capítulo, mas certamente pode fazer muita coisa.
Assumir responsabilidade não significa se culpar ou se castigar por cada coisa que dá errado. Não é sobre autoflagelação; é sobre autoaperfeiçoamento. É reconhecer que, embora não possamos controlar tudo, podemos sempre controlar como reagimos ao que acontece conosco e ter uma postura confiável.
O mundo precisa de gente confiável. Gente que cumpre o que promete, gente que entrega serviço no prazo, gente que busca reparar os erros, gente que não se esconde.
E como fazemos isso? Primeiro, comece com pequenos passos. Reflita sobre suas recentes frustrações ou fracassos e pergunte a si mesmo: “O que posso aprender com isso?”, “Por que deu errado?” Foi uma entrevista de emprego que não saiu como você gostaria? Foi um cliente que você perdeu? Foram quedas nas vendas? O que aconteceu? Em vez de procurar um culpado, procure entender se havia algo que você poderia fazer para ter tido outro resultado.
Em seguida, desenvolva um plano. Use o que você aprendeu para ajustar suas estratégias. Talvez você precise ser mais persistente, ser mais paciente, melhorar suas soft skills – as habilidades comportamentais -, quem sabe precisa de um melhor networking (sua rede de contatos), ou talvez precise de uma nova habilidade para enfrentar os desafios que surgiram.
Por fim, engaje-se ativamente em sua jornada de crescimento. Leia mais, participe de workshops, converse com mentores, experimente novas estratégias. Transforme cada resultado, cada experiência, em um degrau na escada do seu desenvolvimento pessoal.
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Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras | Doutor em Educação
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