
Pensando em um tema para nossa reflexão semanal mais profunda, primeiro ocorreu-me uma frase: ‘Tudo na política, é política’. A ideia era demonstrar que na política, palavra que é derivada do termo grego “politikos”, que designava os cidadãos que viviam na ‘polis’ . “Polis”, por sua vez, era usada para se referir à cidade e também, em sentido mais abrangente, à sociedade organizada.
Onde quer que haja duas ou mais pessoas, haverá a necessidade de definir regras de convivência, limites de ação e deveres comuns. A política acontece justamente no ato de existir em conjunto. Dessa forma, a origem da política remonta à participação na comunidade, à vida coletiva. Bem diferente do que se costuma pensar sobre a política como algo limitado aos políticos profissionais e longe do nosso cotidiano. O filósofo grego Aristóteles definiu o ser humano como um animal político, ou seja, um ser que inconscientemente busca a vida em comunidade, porque suas necessidades materiais e emocionais só podem ser satisfeitas pela convivência com outras pessoas.
Sobre o profissionalismo político, lembramos de três falas recentes de políticos que, embora profissionais bem sucedidos e boa formação para as profissões que escolheram, na prática adotaram carreiras políticas e dois deles, ao que tudo indica, sonham com o cargo de governador, já em 2026, e o outro, embora certamente também sonhe, sabe que para 2026 não é possível tentar. Nas citadas falas, ficou evidente que o interesse era eleitoral, muito mais que as boas intenções com o próximo.
Não deveria ser assim. O interesses por cargos, poder, perpetuação no poder, não poderiam prevalecer e aí me ocorreu questionamento, dúvida e talvez afirmação, se Jesus Cristo, voltasse encarnado, poderia manter os mesmos posicionamentos de quando esteve como homem, na Terra, e como agiria, como o político, que de certa forma todos somos.
Jesus Cristo, o Espírito mais adiantado que já habitou a Terra, é o Governador Espiritual do Planeta. Tal informação nos foi trazida por vários autores, a exemplo de Léon Denis e Emmanuel, que nos disse que na direção de todos os fenômenos de nosso sistema existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo. Essa Comunidade, da qual Jesus é membro, apenas se reuniu nas proximidades da Terra duas vezes: a 1a, quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar; a 2a, quando se decidiu a vinda de Jesus à Terra.
Em outra obra, referindo-se ao termo “Espírito Santo”, Emmanuel informou que esse título, quando usado corretamente nas Escrituras, refere-se à plêiade de Espíritos que auxiliam Jesus em sua tarefa de Governador do planeta e são, em face disso, os executores diretos das ordens emanadas do Senhor.
Jesus, também chamado de Jesus de Nazaré, é a figura central do cristianismo, considerado por vários seguimentos religiosos, como o “Filho de Deus”, que teria sido enviado ao mundo para salvar a humanidade. Para o Espiritismo, é o Governador Espiritual do Orbe terrestre, o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra.
Informações espirituais dão conta que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus o dirigente máximo, cuida da solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, respeitando o livre arbítrio dos homens.
Voltando ao título podemos imaginar Jesus como um político diferente, preocupado com o bem estar de todos, sem nenhuma preocupação com votos que o elegesse e o fizessem continuar no poder. Faria a política do amor, e certamente proporia uma reforma constitucional, tendo por base a parte moral dos Evangelhos, sem privilégios, nem discriminação, destacando os mandamentos de números 5, 7 e 8.
Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução