Início Policial PC investiga empresa maringaense acusada de golpe financeiro

PC investiga empresa maringaense acusada de golpe financeiro

As vítimas do golpe eram empresários que recorriam à intermediários para facilitar operações de crédito junto a bancos públicos

Pelo menos 14 agentes da Polícia Civil cumpriram mandados judiciais ontem em Maringá, apreendendo na empresa Fomento Mais Bank  documentos e alguns equipamentos que serão submetidos à perícia. Com a Operação Império, a Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil (Deccor) passou a manhã dessa sexta-feira coletando material de prova. A empresa pertenceria a uma organização criminosa, investigada desde o último trimestre de 2024. A suspeita é de que a Fomento Mais Bank prometia e negociava falsas linhas de crédito com juros baixos, que ultrapassam R$ 300 milhões. O contrato dizia que eles fariam contato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que não acontecia.

O trabalho de investigação começou após denúncias efetuadas na 9ª. SDP de Maringá por empresários que alegavam terem sido lesados pela empresa suspeita, que se apresentava como intermediadora do processo de captação recursos para investimentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para a prestação dos serviços oferecidos, a empresa dita especializada exigia um pagamento de 5% do valor do empréstimo pretendido, sob a justificativa de que era exigência do próprio BNDES como garantia. E na hora de fechar o contrato, o intermediário colocava no papel taxas extras que deveriam ser pagas quando da liberação do aporte financeiro buscado pelo investidor.

As investigações revelaram que as falsas linhas de crédito oferecidas pelo grupo criminoso geraram prejuízo de R$ 10 milhões para as vítimas até agora identificadas. Após a assinatura do contrato e a efetivação do pagamento exigido, as vítimas eram informadas que o crédito seria liberado em 120 dias. No entanto, os recursos nunca chegaram. Muitos empresários lesados, achando que a demora seria decorrente de desacordo comercial, recorriam à Justiça em vez de denunciar os falsários na Polícia.

De acordo com o delegado Mateus Ganzer, as empresas envolvidas na trama não possuíam  vínculo com o BNDES e que não foi constatado qualquer registro na instituição financeira de processo elaborado pelos golpistas. “Para conquistar a confiança das vítimas, um dos líderes da organização criminosa criou a imagem de empresário bem sucedido e que para isso exibia uma estrutura organizacional que impressionava”, disse o delegado, acrescentando que até o momento a Polícia Civil identificou vítimas no Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pará, Roraima, Amazonas e Distrito Federal.

Redação
Foto – RPC

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