
Ontem, diversos bueiros das áreas centrais de Maringá, especialmente nas proximidades das avenidas XV de Novembro e Santos Dumont, foram encontrados obstruídos por lixo. A acumulação de resíduos nas bocas de lobo contribui significativamente para o agravamento das enchentes durante os temporais, comprometendo o escoamento adequado das águas pluviais.
Segundo assessoria, a Secretaria de Limpeza Urbana, Infraestrutura e Defesa Civil, vem trabalhando na identificação das causas específicas dos alagamentos. O secretário Vagner Mussio explica que é fundamental analisar as características de cada ponto afetado para adotar as medidas corretas. “Precisamos entender a causa de cada alagamento para implementar uma solução eficiente”.
Mesmo com o uso de retentores de folhas, uma medida para tentar minimizar o entupimento dos bueiros adotada pelo município desde 2021, o problema persiste. A instalação de dispositivos como esses pode até ajudar, mas sem a colaboração da população, eles não são suficientes para resolver a questão.
Um dos pontos mais críticos da Cidade, a Avenida Morangueira, é exemplo de uma solução para o alagamento. Historicamente, a avenida era uma das mais afetadas por alagamentos, mas após início de obras de retirada de terra do canteiro central da avenida, as equipes da Prefeitura observaram uma significativa melhoria.
A obra está sendo realizada por etapas e prevê a implantação de um dreno natural, um tubo de 2,20 metros, novas bocas de lobo e ampliação de mais 250 metros de galerias pluviais.
O último grande temporal, ocorrido em 18 de fevereiro, não causou alagamentos nesse trecho, evidenciando os avanços na infraestrutura. No entanto, as obras ainda não foram totalmente concluídas, e a drenagem em outras áreas da cidade continua a ser um desafio.
Para Rosana Alves Fungaes, moradora da região, a redução dos alagamentos é um grande avanço, mas a Cidade ainda precisa de mais cuidados. “Acho interessante novos projetos e que a Prefeitura venha buscando melhorar, mas a população precisa fazer sua parte também, não dá para continuar jogando lixo na rua e depois reclamar”, comentou.
Marcos Antônio Felisbino, proprietário de outro estabelecimento na avenida, também vê resultados positivos, mas reconhece que o lixo é um obstáculo constante. “As obras estão funcionando, mas o lixo ainda é um problema. Ele entope os bueiros e prejudica o escoamento da água”, diz.
Alexia Alves
Foto – Alexia Alves