
A rede criminosa operava em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal, comprando pacotes de fotos com abuso sexual de crianças.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná, que iniciou as investigações, uma operação simultânea desencadeada em 49 municípios brasileiros nesta quarta-feira cumpriu 54 mandados de busca e apreensão e prendeu 10 envolvidos na rede criminosa, um dos quais no Sul do Paraná. De acordo com o delegado Kelvin Bressan, que comandou as investigações, as fotos eram compradas por R$ 10,00 cada uma, todas mostrando crianças e adolescentes em posições comprometedoras.
A primeira cidade investigada foi Palmas, no Sul do Estado, onde ocorreu uma das 10 prisões efetuadas ontem. “Nós identificamos que o responsável por esta oferta era um indivíduo que estava na Paraíba […] Identificamos uma série de pessoas espalhadas pelo Brasil que efetuaram o pagamento do valor exato que ele cobrava para fornecer acesso a esse material ilícito, que era de R$ 10”, disse o delegado Kelvin, informando que a operação de ontem ocorreu em 19 estados e no Distrito Federal.
A Polícia identificou suspeitos que utilizavam plataformas de mensagens para divulgar e comercializar o conteúdo criminoso. “Dependendo do que for descoberto com análise dos dados obtidos, podemos esperar outros desdobramentos, como identificação de mais pessoas envolvidas na comercialização, armazenamento e compartilhamento”, falou o delegado, acrescentando que a tendência é que a operação batizada de “Pharos” chegue a outros municípios, principalmente às principais cidades do Paraná, como Curitiba, Ponta Grossa, Londrina e Maringá. Os suspeitos podem responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê pena de até 20 anos de cadeia.
Redação JP
Foto – PCPR