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Próximas regiões a serem roçadas possuem alto índice de dengue

Nos últimos dias, a Prefeitura tem intensificado suas visitas e avaliações em diversos pontos da Cidade, identificando áreas com maior necessidade de roçadas. A ação está sendo realizada de forma estratégica, no sentido radial (do bairro para o centro). De acordo com o cronograma da Secretaria de Serviços Públicos, a próxima fase dos trabalhos incluirá os bairros Jardim Dias I, Jardim Dias II, Licce, Oriental e Diamante.

Além de contribuir para a melhoria estética urbana, as roçadas desempenham papel crucial no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A vegetação alta e o acúmulo de lixo criam ambientes propícios para a criação de focos do mosquito, o que torna a roçada uma medida preventiva essencial.

Entretanto, as equipes encarregadas pelos serviços enfrentam desafios devido às condições climáticas adversas, uma vez que as atividades não podem ser realizadas durante a chuva.

Segundo a Prefeitura, fatores como as altas temperaturas e o grande volume de chuvas contribuíram para o crescimento acelerado da vegetação. Em janeiro de 2025, a Cidade registrou um acumulado de 225 mm de chuva, superando o volume histórico do mês, conforme dados da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

ROÇADAS E COMBATE À DENGUE

A execução das roçadas também se insere no debate sobre o aumento expressivo dos casos de dengue na Cidade. O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Lira), realizado em janeiro, revelou que o índice médio de infestação nas áreas do Jardim Dias I, II, Licce, Oriental e Diamante ultrapassa os 2,8%, superando a média geral do município, que é de 2,1%.

Este número é preocupante, uma vez que a recomendação dos especialistas é que o índice de infestação não ultrapasse 1%, o que reforça a urgência em ações constantes de limpeza e controle de focos.

Para Veroni Alves Galdino, moradora do Jardim Diamante, a roçada é de extrema necessidade. “O mato está alto demais, e com essas chuvas, não dá saber se tem um foco do mosquito ou coisa assim. E ainda por cima o pessoal aproveita o mato para jogar lixo e outros dejetos, o que aumenta ainda mais o risco de dengue, é muito perigoso”, comentou a dona de casa.

Diante dos resultados do Lira e do aumento dos casos de dengue em 2025, a Prefeitura tem reforçado a importância das ações de prevenção. Até o momento, Maringá contabilizou 537 casos confirmados da doença.

O levantamento também revelou que a maioria dos focos do Aedes aegypti está presente em pequenos depósitos móveis, especialmente em locais com acúmulo de lixo, entulho e objetos que retêm água.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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