Para fortalecer a prevenção e o combate à dengue, uma ação conjunta entre cidades da região começou a ser planejada ontem, no decorrer de uma reunião na Prefeitura de Maringá. A princípio, a ação envolverá Maringá, Sarandi, Paiçandu, Marialva, Mandaguari em uma grande mobilização regional nos dias 7 e 8 de fevereiro. A pedido da prefeita de Mandaguari, Ivoneia Furtado, a ação também será sugerida para os outros municípios da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep).
A ação tem como objetivo uma limpeza geral e conjunta nas cidades para o controle da dengue. A união de esforços entre os municípios é uma medida para diminuir o avanço da doença, que pode registrar pico de casos entre o final de fevereiro e começo de março. A campanha terá nome e detalhes divulgados em breve e envolverá uma grande quantia de pessoas em todas os municípios.
O prefeito Silvio Barros explicou a importância da ação para controle da dengue de maneira regional. “Nós fizemos um acordo para trabalharmos juntos, porque não vai adiantar apenas um trabalho de combate a dengue em Maringá. Não adianta limpar aqui e o outro lado não ou vice-versa, pois a dengue não tem fronteiras de municípios.”
Na reunião os prefeitos das cidades da região debateram os pontos operacionais da ação. Cada cidades deve apresentar, na próxima sexta-feira, o Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Lira) para avaliação das áreas demográficas em situações mais críticas. A partir disso, haverá um apelo regional, envolvendo equipes das prefeituras, órgãos públicos, membros da sociedade civil organizada e toda a população, para que seja realizada adesão à causa.
“É um grande trabalho coletivo e simultâneo que visa transformar tristes estatísticas de mortes por dengue em um grande gesto de união”, diz o prefeito de Sarandi, Carlos De Paula. Os detalhes sobre a ação conjunta entre as cidades serão divulgados a partir desta sexta-feira.
BOLETIM
A 15ª Regional de Saúde tem 596 casos de dengue, conforme o novo informe semanal da doença publicado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental. No Paraná foram registrados 897 novos casos da doença e mais um óbito.
Os dados do atual período epidemiológico, que começou em 28 de julho do ano passado somam 66.024 notificações, 8.931 diagnósticos confirmados e três mortes.
O novo óbito, que aconteceu em 30 de dezembro, é de um homem de 67 anos com comorbidades que morava em Londrina, na 17ª Regional de Saúde.
Ao todo, 387 cidades já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 295 possuem casos confirmados.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª Regional de Saúde de Londrina (1.890); 14ª RS de Paranavaí (1.484); 2ª RS Metropolitana (629); 15ª RS de Maringá (596) e 12ª RS Umuarama (567).
A publicação apresenta ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças que também têm como vetor o mosquito Aedes aegypti. No período atual, foram contabilizados 194 casos confirmados de Chikungunya, totalizando 777 notificações da doença no Estado. Já referente ao Zika Vírus foram registradas 36 notificações, sem casos confirmados.
Da Redação
Foto – Ricardo Lopes