Cerca de 50 funcionários terceirizados do Asilo São Vicente de Paulo estão sem receber os salários de dezembro, além de enfrentarem atrasos constantes em benefícios como vale-transporte e vale-alimentação. A situação gerou protestos esta semana, quando parte dos trabalhadores se reuniu em frente à instituição para cobrar uma solução imediata. Com faixas e cartazes, eles exigem o pagamento das pendências e responsabilizam a empresa terceirizada e a Prefeitura, que administra o asilo desde 2021.
A crise, que se arrasta desde agosto de 2024, não é apenas financeira. Os funcionários afirmam que, além dos pagamentos de salário, vale-transporte e vale-alimentação atrasados, a gestão da empresa responsável pelos serviços no asilo tem falhado em cumprir outros compromissos trabalhistas essenciais, afetando diretamente a rotina de trabalho e o atendimento aos idosos.
A Prefeitura de Maringá assumiu a administração do Asilo São Vicente de Paulo após uma decisão judicial motivada por irregularidades apontadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). A intervenção municipal ocorreu em 2021, depois que o MP-PR identificou problemas tanto administrativos quanto sanitários na instituição, que abriga idosos em situação de vulnerabilidade.
A gestão municipal prometeu melhorias e comprometeu-se a corrigir as falhas, com um prazo de 40 dias para sanar as irregularidades. Porém, apesar do controle público, a situação dos trabalhadores terceirizados se agravou nos últimos meses, com constantes atrasos nos pagamentos.
Na noite de quarta-feira, a Secretaria Municipal de Assistência Social divulgou uma atualização sobre a situação. O secretário da pasta, Leandro Bravin, afirmou que a empresa corrigiu as inconsistências nas notas fiscais, o que permitiu a regularização do pagamento. Segundo a nota, o pagamento está sendo providenciado, colocando fim ao impasse.
“O secretário de Assistência Social, Leandro Bravin, esclarece que a empresa prestadora do serviço de atendimento à pessoa idosa no Asilo São Vicente de Paulo corrigiu a emissão da nota fiscal no final da tarde desta quarta-feira, 8 de janeiro. Em razão disso, o pagamento está sendo providenciado e coloca fim a esse problema que tem se arrastado desde o ano passado”, informou a Secretaria.
Além disso, Bravin ressaltou que tem cobrado da empresa prestadora de serviços para garantir que os funcionários terceirizados recebam os pagamentos devidos. O secretário reafirmou seu compromisso com a qualidade dos serviços prestados aos idosos e garantiu que a situação dos salários será normalizada.
Alexia Alves
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