Há pouco mais de um mês a prefeitura de Maringá deu início às obras de recape asfáltico na avenida XV de Novembro, que recebeu nova pavimentação em toda sua extensão com interdição do tráfego de veículos parcial para não interromper totalmente o trânsito de uma das avenidas mais movimentadas da Cidade, tanto por motos e carros quanto por pedestres. Iniciado no dia 21 de outubro, o serviço ainda está incompleto sem a sinalização horizontal.
A falta de pintura no asfalto tem gerado reclamação de todos usuários da via, motociclistas que estão sem demarcação das vagas exclusivas de estacionamento, taxistas com os pontos para embarque de passageiros ocupados por veículos particulares, pedestres sem faixa para atravessar a avenida e motoristas que circulam no meio da pista, invadindo a faixa para outros veículos. Queixas por todos os lados que foram relatadas à reportagem do Jornal do Povo, com sede na avenida XV de Novembro.
O taxista que há mais de 20 anos tem o ponto na avenida central está indignado com o município que não concluiu a obra e com os motoristas que aproveitam a falta de sinalização para estacionarem em local proibido. “Fica complicado para estacionar nosso veículo de trabalho nas vagas destinadas e exclusivas para embarque dos passageiros. Além de veículo particular estacionar no ponto de táxi, os passageiros acabam se confundido e ou não enxergam o nosso carro, que muitas vezes ficam estacionados atrás de todos veículos que não poderiam parar no ponto”, explica um taxista, que completa: “pior que não temos argumento para reclamar, apesar da placa identificando o ponto de táxi estar fixada na calçada, não se sabe quantas vagas são destinadas para o serviço por falta de demarcação no asfalto.”
Outro problema causado pela falta de demarcação de vagas atinge os motociclistas que estão perdendo os espaços para estacionar, antes sinalizados como exclusivo para motos, e agora utilizados por carros também.
“Parece coisa simples e uma reclamação boba, mas assim como não podemos parar as motos nas vagas de carros para não levar multa e não ser xingado por motoristas, o contrário também não pode ocorrer e está acontecendo há quase um mês por falta da pintura”, diz o motociclista Hélio Vargas.
O risco maior sem a pintura no asfalto é para o pedestre que precisa do auxílio da faixa para cruzar vias movimentada, principalmente em uma avenida central, como a XV de Novembro, que diariamente recebe um grande fluxo de veículos. É o que reclama a moradora de um prédio localizado na avenida.
“Todos os dias vou a pé até o mercado, farmácia ou fazer uma caminhada mesmo, mas tenho tomado o dobro de cuidado para atravessar a avenida. Se os pedestres não são respeitados nem utilizando a faixa, imagina nesse asfalto sem nenhuma pintura de solo. Está complicado e demorado para concluir esse serviço, que ficou muito bom no recape, mas não teve continuidade no que é primordial, toda a sinalização horizontal da avenida inteira e nos dois lados”, protesta dona Vilma Lopes, que reside na avenida há muitos anos.
A Prefeitura de Maringá informou que no decorrer dessa semana o serviço de sinalização será realizado na avenida e que a pintura é responsabilidade de uma empresa terceirizada que atrasou o cronograma e foi notificada pela administração municipal.
O que chama a atenção de quem transita pela área central foi o fato de algumas ruas da Zona 2, que não foram contempladas com recapeamento, estarem com várias ruas com sinalização recente. “Até quem mora na Zona 2 não entendeu a pintura fresca no asfalto antigo de lá e não realizada no asfalto novinho da avenida XV de Novembro”, argumenta dona Vilma.
Da Redação
Foto – Jornal do Povo