Profissionais e estudantes da área da saúde do Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) visitam escolas de Maringá e região desde 1998, com o objetivo de explicar para os alunos os benefícios e mitos envolvendo a doação de sangue. A “Hemoação: semeando o amanhã” é uma verdadeira “força-tarefa” de profissionais do Hemocentro, que acompanhados de estudantes passam em escolas, dão palestras e ainda recebem estudantes em visitas guiadas para conhecer o lugar.
A assistente social do Hemocentro Regional de Maringá, Angela Maria Tessaro enfatiza que uma das frentes do projeto, a visitação às escolas, serve especialmente para “romper mitos” que povoam as mentes inquietas dos jovens. “Eles querem saber se a agulha é muito grande, se a picada da doação de sangue dói”, diz, listando uma série de dúvidas dos estudantes. Da curiosidade, surge o interesse pela doação e por ajudar o próximo desde cedo.
Os estudantes rapidamente se interessam pelas “bolsas” de sangue, plasma e outros hemocomponentes que os profissionais do Hemocentro apresentam em sala de aula. Angela explica que os estudantes são apresentados a todas as etapas e processos da doação para o doador. Eles até dão uma olhada e manipulam as “bolsas de sangue”, que nas demonstrações ficam cheias de “sucos coloridos” que representam hemocomponentes vitais para a distribuição em hospitais, Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e várias unidades de saúde da 15ª Regional de Saúde do Paraná. No total, o Hemocentro Regional de Maringá atende por volta de mil pacientes por mês, demanda que aumenta com o passar do tempo.
A “Hemoação: semeando o amanhã” atende aproximadamente 500 crianças por ano, dos ensinos Fundamental e Médio. Nos tours guiados pelo Hemocentro, os alunos conhecem todas as etapas do processo, da recepção às salas de triagem, passando pela sala de coleta e a do cafezinho pós-doação. “Depois, fazem o que chamamos de ‘caminho da bolsa’, porque o ‘caminho do doador’ encerra depois do café pós-doação”, conclui a assistente social.
Em grupos pequenos, de 10 em 10, visitam os laboratórios do Hemocentro. Os grupos são pequenos por causa da segurança. “Eles ficam muito interessados em saber que o sangue é uma fonte esgotável, que não conseguimos produzir sem o corpo humano. Além disso, ouvem que é altamente perecível, que deve ser acondicionado muito bem”, diz Angela.
A ação traz frutos também para quem já é um doador. Após as visitas, os estudantes fazem cartazes, que são entregues aos doadores de sangue depois do ato.
As escolas interessadas podem se inscrever no site do HU, na aba Visita Técnica. É preciso preencher um formulário de contato para se inscrever.
Da Redação
Foto – Reprodução
