Em ação conjunta realizada na manhã de ontem as polícias Rodoviária Federal e Civil desmantelaram uma organização criminosa que atua roubando cargas de cigarro nas estradas do Paraná , São Paulo e Santa Catarina.
Logo cedo os policiais estavam nas rodovias e nas ruas de algumas cidades cumprindo 31 mandados judiciais contra membros da quadrilha, suspeita de causar prejuízos que ultrapassam R$ 4 milhões em uma série de 10 assaltos a mão armada. A operação mobilizou 60 policiais que cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, 12 de prisão preventiva e 7 de sequestros de veículos. A operação foi desencadeada simultaneamente em Telêmaco Borba e Ibiporã, no Paraná; Balneário Barra do Sul, Navegantes e Itapema, em Santa Catarina e Indaiatuba, São Paulo.
As investigações revelaram que o grupo atuou em outras seis cidades paranaense, entre elas, Guarapuava, Ponta Grossa, Ventania e Nova Esperança, na Região Metropolitana de Maringá. Após a prisão de um dos suspeitos em abril , é que a quadrilha começou a ser investigada. Com o suspeito foi apreendida na ocasião, uma carga de cigarros legalizados, avaliada em R$ 500 mil. De acordo com a Polícia Civil do Paraná, a quadrilha era muito organizada e costumava monitorar a rotina dos funcionários das empresas transportadoras para planejar os ataques.
Os assaltos eram realizados com uso de armas de grosso calibre. Os bandidos sempre mantinham as vítimas como reféns enquanto durasse a ação do roubo até a transferência da mercadoria de um caminhão para outro. O delegado André Feltes, que comandou a operação de ontem,
o grupo agia de maneira sofisticada, utilizando veículos com placas clonadas e notas fiscais frias, emitidas por um dos integrantes da organização criminosa.
“O grupo utilizava vans com placas falsas nos roubos para realizar o transbordo das cargas de cigarros. Eles revendiam essas cargas para um empresário que atuava no ramo de tabacaria, em Santa Catarina. Para o transporte das cargas até o estado vizinho, a organização utilizava notas fiscais frias, emitidas por um integrante do grupo. Dentre os investigados estão indivíduos responsáveis pela intermediação das vendas dos cigarros roubados”, explica Feltes.
Redação JP
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