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Nada pode apagar

      Uma amiga postou um storie, com  trecho de uma música que eu não conhecia, composta e  gravada  pelo cantor, para mim, também então desconhecido,  Roberto Alves. Como uma espécie de refrão o trecho é o seguinte: Nada pode apagar; ‘os bons momentos que estão na lembrança’.

      A melodia me encantou e busquei ouvir a música inteira cuja letra reproduzo para reflexões de todos nós:

‘A morte por pouco tempo pode nos separar. Mas eu sei, um dia a gente vai se encontrar. A morte nos faz pensar sobre a vida
Agora eu sei o quanto dói uma despedida.
      Nada pode apagar, os bons momentos que estão na lembrança. Um dia também vou descansar, e como você vou guardar a esperança, Ah ah vou guarda a esperança, ah ah vou guarda a esperança.

      A morte por pouco tempo pôde nos separar. Agora eu sei o quanto é a gente se reencontrar. A morte faz parte da vida.
Agora eu sei a alegria depois da despedida.
Os bons momentos que estão na lembrança.

      Um dia também vou descansar.E como você vou guardar a esperança.E enxugará dos meus olhos todas as lagrimas.E enxugará dos meus olhos as lagrimas. Ah ah vou guarda a esperança.Ah ah vou guarda a esperança’.

      É sobre o trecho que me chamou a atenção para a música inteira que queremos começar as reflexões: ‘Nada pode acabar os bons momentos que estão na lembrança’.  De fato, não pode apagar nenhum momento de nossas existências, nem os bons, nem os maus, mas muitas vezes, como num grande HD, ficam arquivados sem que os acessemos.

      A vida é eterna, dividida em múltiplas existências, e nas que vivemos no corpo físico, como encarnados, voltamos, quase todos, e por graça do criador, sem acesso, aparente, às lembranças das outras encarnações e dos períodos intermediários, no que aprendemos com da Doutrina Espírita, se chama de erraticidade, mas nada pode apagar, repito, os bons nem os maus momentos, mesmos que aparentemente não estejam na lembrança.

      Sobre o esquecimento do passado, quando reencarnamos, encontramos na questão 392 do LE, obrada da codificação espírita o seguinte, ditado por Espíritos Superiores:

‘ O homem nem pode nem deve saber tudo, Deus assim o quer na sua sabedoria. Sem o véu que lhe encobre certas coisas,  ficaria ofuscado como aquele que passa  direto da obscuridade para a luz. Pelo esquecimento do passado, ele é mais ele mesmo.

       A cada nova existência, temos mais inteligência e podemos melhor distinguir o bem e o mal. Onde estaria o seu mérito se recordássemos  de todo o passado? Quando o Espírito entra na sua vida de origem (a vida espírita) toda a sua vida passada se desenrola diante dele; vê as faltas cometidas e que são causa do seu sofrimento, bem como aquilo que poderia tê-lo impedido de cometê-las. Compreende a justiça da posição que lhe é dada e procura então a existência necessária para reparar a que acaba de escoar-se.

     Procura provas semelhantes àquelas por que passou, ou as lutas que acredita apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores para o ajudarem na nova tarefa a empreender, porque sabe que o Espírito que lhe será dado por guia nessa nova existência procurará fazê-lo reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das que ele cometeu.

      Essa mesma intuição é o pensamento, o desejo criminoso que  pode nos assaltar e ao qual resistimos instintivamente, atribuindo a nossa resistência, na maioria das vezes, aos princípios que recebemos de nossos pais, enquanto é a voz da consciência que nos fala e essa voz é a recordação do passado, voz que nos adverte para não cairmos nas faltas anteriormente cometidas. Nessa nova existência, se o Espírito sofrer as suas provas com coragem e souber resistir, eleva-se a si próprio e ascenderá na hierarquia dos Espíritos, quando voltar para o meio deles’.

      Nada pode ser apagado do períspirito, invólucro fluídico que serve de veículo (corpo) de manifestação do Espírito, no plano espiritual, e ligação com o corpo físico quando  estamos  reencarnados.   

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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