O governo do Paraná instaurou sindicância para apurar a denúncia de corrupção que envolve a alta cúpula do Deppen enquanto na Alep deputado colhe assinaturas para uma CPI.
A Secretaria de Segurança Pública deve concluir a sindicância interna dentro de 15 dias. A medida foi tomada diretamente pelo Secretário Hudson Teixeira , que disse ter pressa nas apurações. O relatório do setor de inteligência do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen), aponta Francisco Alberto Caricati como líder de um esquema de corrupção, que teria recebido R$ 1 milhão para facilitar a vida de um dos maiores traficantes de cocaína do país, preso no Paraná.
De acordo com o relatório, Marcos Silas teria dado o dinheiro diretamente a Caricati para que o diretor do Deppen o remanejasse dentro do sistema penitenciário do Estado, para um local que facilitasse sua atuação como comandante de uma organização criminosa. Mas Caricati sustenta a versão de que as alocações feitas, tiveram o objetivo de proteger Marcos Silas das ameaças de morte que estavam sendo feitas por uma facão rival.
O caso, que veio à tona após reportagens veiculadas em redes estaduais de televisão, foi o principal assunto da sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Paraná na última terça-feira. Da tribuna, o líder do governo, deputado Hussein Bakri (PSD), disse que ainda é cedo para conclusões sobre as supostas irregularidades no departamento, ao mesmo tempo em que colocou em dúvida as acusações contra Caricati. Já o deputado Renato Freitas, do PT, defendeu a instalação de uma CPI para investigar, a partir desse caso, o sistema penal paranaenses como um todo. A partir daí, Freitas começou a coletar assinaturas para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Redação JP
Foto – Banda B