O desvio de verbas públicas, investigado pela Polícia Federal, era feito por meio de licitações fraudulentas durante a pandemia da covid-19.
O custo para os cofres municipais atingiram a cifra de R$ 1,7 milhão de acordo com o que foi apurado pela Operação Cold Meal, da Polícia Federal. As investigações apontaram para a existência de um conluio entre empresas que usavam métodos fraudulentos para vencer licitações na Prefeitura Municipal de Maringá durante a pandemia. Os agentes levantaram informações e documentos sobre a combinação de preços e lotes entre alguns participantes das concorrências públicas. Tal prática elimina o caráter competitivo de qualquer licitação, pois os próprios concorrentes decidem entre eles quem será o ganhador da vez.
A Polícia Federal não divulgou nomes, informando no entanto que além das licitações ocorridas no período da pandemia da Covid-19, alguns procedimentos criminosos perduraram até 2023. Há suspeita de que existem processos licitatórios contaminados pelo germe da corrupção em andamento, em razão da participação de algumas empresas envolvidas no esquema investigado. A operação desencadeada nesta terça-feira mobilizou cerca de 70 policiais federais, que cumpriram 24 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Maringá. A Prefeitura ainda não havia se pronunciado até ontem à tarde, mas não há por enquanto, indícios de envolvimento de agentes públicos no esquema criminoso.
Redação JP
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