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Empresários reclamam de morosidade na obra da PR-317

Uma reivindicação antiga de empresários, moradores de condomínios fechados e motoristas maringaenses que trafegam pelo trecho da Rodovia PR-317, entre Maringá e Iguaraçu, era a duplicação da via, que além ser via de acesso para quem reside ou trabalha nesse trecho, também é rota de deslocamento de caminhões que transportam cargas para os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.  Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), 17 mil veículos trafegam diariamente por essa via.

Com a licitação para a duplicação da Rodovia, assinada em maio de 2021, e a promessa de entrega da obra em dois anos, os empresários, que inclusive bancaram o projeto de execução da obra, estão preocupados com o andamento dos serviços e reclamam da falta de mão de obra e equipamentos para o cumprimento do serviço, além da maneira como o trabalho vem sendo realizado.

Para o empresário Hélio Costacurta, que tem a empresa instalada no Parque Industrial 200, as interdições feitas na rodovia trazem riscos de acidentes e, algumas, são desnecessárias no momento. “Tenho empresa aqui na rodovia há muitos anos e sempre esperamos essa obra. Porém, o que era perigoso está se tornando pior, principalmente para ir e voltar do trabalho. O acesso da rodovia para o Parque Industrial é um perigo pelas interdições e movimento nas entradas e saídas. Já muitos acidentes que são causados por interdições e maquinários parados ao invés de avançarem os serviços”, diz o engenheiro, que falou à reportagem do Jornal do Povo em nome dos empresários do Parque.

Outra reclamação de quem trafega pelos 21,5 quilômetros da rodovia que será duplicada, é a falta de organização no cronograma da obra, que interditou algumas faixas que eram utilizadas como terceira via, dando fluidez ao tráfego, e trechos que poderiam ser utilizados como duas vias para um sentido da estrada, deixando outras duas vias para o sentido oposto. “De Maringá até Iguaraçu há muitos trechos pavimentados que já poderiam estar abertos para o tráfego. Não faz sentido interditar partes, e são muitas, que poderiam dar fluidez no tráfego. Quem passa pela via não entende a lógica de não abrir as pistas para os veículos. Poderiam evitar o congestionamento, o risco de acidentes e a reclamação dos usuários”, diz o empresário.

O DER afirma que atingiu a marca de 44,03% de execução da obra, que tem investimento de R$ 183.456.873,42 e que o trabalho segue avançando, como a terraplenagem, com 62,39% de conclusão, em que é preparada a plataforma da nova pista, paralela à pista já existente, por meio de corte ou aterro do solo. Também está sendo implantado o sistema de drenagem de águas, que inclui bueiros e caixas de passagem, e, mais perto do final da obra, sarjetas triangulares de concreto e bocas de lobo, entre outros dispositivos.

Em seguida, de acordo com o DER, vêm as obras de arte especiais do trecho, com 51,81%, que incluem a nova ponte sobre o Rio Pirapó, já concluída, três viadutos e duas passarelas. Atualmente os serviços estão concentrados no viaduto do entroncamento com a PR-454, com o viaduto de Iguaraçu já com infraestrutura e mesoestrutura prontas no local, e o viaduto no acesso ao Centro de Controle de Zoonoses com a fundação concluída.

Ainda segundo o órgão, a pavimentação em si atingiu 47,51%, que inclui as pistas novas do eixo central, em um total de 21,82 quilômetros entre os dois municípios, e também cinco quilômetros de vias marginais e dez retornos em nível.

Para o diretor da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), Roberto Jacomelli, a grande preocupação é o cumprimento do prazo de entrega, previsto para esse ano. “Nós, que passamos por aqui todos dias, vemos o ritmo de execução da obra, que desde o início não é constante e nem acelerado. Já vimos funcionários da empresa paralisarem as atividades, serviços que poderiam estar prontos ainda inacabados e a falta de máquinas trabalhando na via. É um transtorno que dura anos, mas que no final trará grandes benefícios e segurança no tráfego. Nosso desejo é simples, acelerar os trabalhos e cumprir o prazo de execução”, diz Jacomelli, responsável pela garagem da TCCC, localizada na margem da Rodovia 317, que abriga 120 ônibus. “Nossa maior preocupação é garantir segurança aos motoristas que entram e saem da garagem todas as horas do dia”.

Da Redação
Foto – Reprodução

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