O Governo do Paraná decretou ontem situação de emergência em saúde pública para a dengue. A decisão foi tomada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) por causa do aumento na quantia de casos e óbitos confirmados pela doença nas últimas semanas. O decreto 5.183/2024 terá validade de 90 dias e tem como objetivo reforçar ações adotadas para o controle e combate à doença.
Entre os principais pontos do documento estão a intensificação das visitas domiciliares para identificação e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, recomendações referentes à compra de larvicidas e a importância do cumprimento das determinações sanitárias definidas pelo Sistema Único Saúde (SUS), entre as quais o dever da população facilitar a aplicação de medidas sanitárias relativas às doenças transmissíveis, como visitas domiciliares.
A declaração permite dar mais rapidez na destinação de recursos do governo estadual e federal para as cidades, evitando trâmites usuais, facilitando o processo de aquisição de insumos e medicamentos.
“Essa é uma medida preventiva, de caráter excepcional. O Estado tem realizado um grande esforço para reduzir o número de casos da doença, tanto em aporte financeiro como em apoio especializado aos municípios. O decreto permite reforçar essas ações, somando mais forças no combate à dengue”, diz o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Apenas no último boletim epidemiológico da última terça-feira foram registradas 34.996 novas notificações, 17.044 casos e 12 mortes. Agora o Estado soma 222.590 notificações com 90.972 confirmações e 49 óbitos no período sazonal 2023/2024, iniciado em agosto.
Dentre as 399 cidades paranaenses, 397 já registraram notificações por dengue. Destas, 366 já possuem casos confirmados pela doença, ou seja, quase 92% do Estado. A incidência de casos autóctones, isto é, transmitidos dentro do Paraná chegou a 697 casos por 100 mil habitantes. 26 municípios já decretaram situação de emergência no Estado.
O Paraná é atualmente o 4º estado do País com a maior incidência de dengue, ficando atrás do Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal, segundo dados do Informe nº 5 do Centro de Operação de Emergências (COE) do Ministério da Saúde.
TONELADAS
A Prefeitura de Maringá nesta semana recolheu 14 toneladas de resíduos em dois terrenos, um situado na Vila Santa Izabel e outro no Jardim Pinheiros. A operação integrada para limpeza dos locais reuniu equipes da Guarda Civil Municipal e das secretarias de Limpeza Urbana, Saúde e Assistência Social.
O imóvel do Jardim Pinheiros foi alvo de mandado de busca e apreensão pela Polícia Civil. Ao longo das buscas os policiais encontraram lixo no quintal e a Cidade fez a limpeza.
Na Vila Santa Izabel o proprietário já foi multado várias vezes anteriormente e, somente neste ano, o município realizou duas operações de limpeza no lugar. A Secretaria de Assistência Social acompanha os moradores do domicílio da Vila Santa Izabel com oferta de serviços para proteção social.
SUPER MUTIRÃO
Um novo super mutirão com vistorias em casas de todos os bairros das áreas de abrangência das 35 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) será realizado neste sábado (16). O intuito é atuar em imóveis ou em um raio de 300 metros com casos suspeitos de dengue para orientar os moradores e eliminar os possíveis criadouros, considerando que a maior parte dos focos do mosquito está dentro das casas.
Além das vistorias dos agentes de combate às endemias haverá ação de limpeza na região da UBS Piatã, onde existe maior incidência de casos de dengue. Equipes da Defesa Civil, secretarias de Saúde, Limpeza Urbana e voluntários vão recolher recicláveis descartados de maneira irregular, reforçando as orientações para a população. Não haverá recolhimento de inservíveis ou volumosos, como sofás, móveis e outros materiais que não são recolhidos pela coleta seletiva. Nestes casos é preciso agendar o recolhimento pela Ouvidoria Municipal por meio do telefone 156, aplicativo Ouvidoria 156 Maringá ou site da prefeitura.
Da Redação
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