Pesquisa aponta que a taxa de feminicidio atinge índices assustadores (de 2015 a 2023 mais de 10 mil mulheres foram assassinadas no país)
O Paraná está entre os estados mais violentos e a região de Maringá se destaca nessa estatística macabra. Foi aqui que, em 2019, a dentista Franciele Tamura foi morta a tiros no Jardim Alvorada pelo namorado em frente a casa dele. Dois anos depois, Ivone Colleta Lera, de 65 anos, morreu estrangulada pelo marido em um hotel no centro da cidade, onde o casal passou a noite. Preso no próprio quarto do hotel, o assassino Paulo de Freitas Alvarenga, de 53 anos, disse que ficou enciumado ao ver uma mensagem que a esposa teria trocado com outro homem.
Em Marialva, Viviane Aparecida Castro Furlan, de 38 anos, teve um fim trágico ao ser morta com vários golpes de faca pelo ex-marido, um policial aposentado , na frente da filha do casal, de 12 anos. E em Colorado,Juan Vitor Clemente Souza da Silva, 19 anos, matou a pauladas a ex-mulher, Simone Bispo dos Santos, 30 anos. Ele foi preso dias depois em frente ao Albergue, em Maringá.
Em setembro de 2023 a policial militar Daniela Carolina Marinelo foi assassinada pelo marido, Kenny Aisley Rogério Vasconcellos com um tiro na cabeça na residência do casal, após uma discussão de madrugada, ouvida por vizinhos. Após o crime, Kenny teria simulado suicídio e ele mesmo chamou o socorro. A policial morreu ao dar entrada em um hospital da cidade. Mas a versão do marido não colou, ele foi preso e denunciado por feminicídio.
O Paraná amargou a terceira posição no ranking de feminicídios absolutos em todo o Brasil, contabilizando os casos tentados e consumados nos primeiros seis meses do ano. É o que diz o mais recente relatório do Monitor de Feminicídios no Brasil. De acordo com o Instituto Sou da Paz, metade das mulheres , vítimas de seus companheiros, foram mortas a tiros.
Redação JP
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