O ano já começou com milhares de pessoas esperando por uma consulta especializada, cirurgias e exames na região de Maringá. Em 2023 foram feitos mutirões de saúde para reduzir a fila, porém, a demanda continua alta. Somente para consultas no município são mais de 100 mil pessoas aguardando na fila.
Uma parte do atendimento com especialistas se concentra no Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisamusep), que atende toda a região de Maringá, sendo que a maioria depende do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a Diretora de Promoção à Saúde do Cisamusep, Lais Pilger, existem 30 municípios que são referência para o Consórcio, no total de 866 mil habitantes da 15ª Regional de Saúde e metade dessa população é de Maringá. “Nós temos um acompanhamento de que 66% da população é referência para o SUS.”
A fila de espera para exames no município passa de 42 mil pessoas. Já para cirurgias eletivas, ou seja, aquelas que não são de urgência, são quase 10 mil pacientes.
De acordo com o secretário de Saúde, Clóvis Melo, Maringá faz cerca de 300 mil procedimentos eletivos por ano. “Então você calcula dois anos e vê o tamanho do represamento. É com isso que a gente está lidando agora”.
Também há dificuldade para aumentar o número de especialistas para atender na rede pública, até porque na rede privada existe acúmulo de atendimento por causa da pandemia. “O município não tem condições de fazer tudo sozinho, apesar da gente ter aumentado em 35% a capacidade de atendimento do Hospital Municipal nessa questão de procedimentos eletivos, lá você contrata prestadores, por exemplo, o Cisamusep é um grande prestador nosso, nós fizemos um aditivo de contrato de R$ 3 milhões para fazer frente a essas consultas e procedimentos eletivos”, explicou Melo.
Este ano, Maringá tem o recurso de R$ 10 milhões em parceria com o Governo do Estado para realizar procedimentos eletivos de consultas e exames para pré-cirurgias, exames que vão levar para cirurgias. Maringá pretende fazer novos mutirões para diminuir o tempo de espera dos pacientes.
Em 2023 foram atendidas no Cisamusep mais de 142 mil pessoas. Também foram contratados outros especialistas que atenderam nas próprias clínicas ou nos hospitais pacientes do SUS.
Ainda conforme a diretora de promoção à saúde do Cisamusep, Lais Pilger, existem cerca de 200 prestadores de serviço credenciados no ano passado e muitas pessoas não comparecem na consulta ou exame e não avisam. “No ano de 2023 nós tivemos cerca de 30% de faltas nas consultas e exames especializados no ambulatório. A orientação é que para diante da impossibilidade de comparecimento, que o paciente comunique a Unidade Básica de Saúde no município de referência para que ele possa otimizar essa vaga, colocando outro paciente no lugar”, conclui Lais.
Da Redação
Foto – Reprodução
